António Costa deu garantias de normalidade sobre o Banif

Primeiro-ministro telefonou domingo para o presidente do governo madeirense para o descansar a propósito das notícias sobre o iminente colapso do banco.

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Investidores têm que fazer uma escolha entre o impulso negativo do controlo do Estado e o positivo do reequilíbrio das contas Catarina Oliveira Alves

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, tentou esta manhã acalmar os depositantes do Banif, dizendo que, num telefonema durante o fim-de-semana, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que o processo de reestruturação do banco está a decorrer de forma normal.

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O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, tentou esta manhã acalmar os depositantes do Banif, dizendo que, num telefonema durante o fim-de-semana, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que o processo de reestruturação do banco está a decorrer de forma normal.

“O primeiro-ministro telefonou-me pessoalmente no domingo, para garantir que as notícias, que eu considero especulativas, que dão conta do iminente colapso do banco não correspondem à realidade”, garantiu o chefe do executivo madeirense, durante o primeiro dia da discussão do Orçamento Regional para 2016, que está a decorrer no Parlamento madeirense.

Miguel Albuquerque destacou que o objectivo do Governo é “a alienação do capital do Banif” e “salvaguardar os depositantes, os accionistas e a posição estratégica que o Banif tem junto da comunidade emigrante madeirense".

“O pior que podia acontecer era o colapso do Banif”, alertou Albuquerque, lembrando que o banco “extravasa a própria dimensão,” dado o peso que tem na diáspora madeirense e no próprio arquipélago.

Com grande influência na economia da Madeira, o Banif foi fundado no arquipélago por Horácio Roque, através da Caixa Económica do Funchal, acabando por se internacionalizar para países com forte presença de emigrantes madeirenses, como a Venezuela, África do Sul ou Reino Unido.

Esta manhã, de acordo com a imprensa local, as notícias do fim-de-semana provocaram uma afluência anormal a várias agências do banco na Madeira. Não houve uma corrida aos levantamentos, mas um anormal pedido de esclarecimentos.

Na Assembleia, Albuquerque garantiu que está a acompanhar a situação, quer junto do executivo de António Costa, quer da administração do banco.