Cavaco Silva considera aldeias históricas "um projecto de futuro"
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, reconheceu esta sexta-feira que as aldeias históricas são "um projecto de futuro" em que vale a pena acreditar e disse esperar que seja consolidado no futuro.
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O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, reconheceu esta sexta-feira que as aldeias históricas são "um projecto de futuro" em que vale a pena acreditar e disse esperar que seja consolidado no futuro.
"Esperemos que, através de uma adequada gestão, se continue a trabalhar para consolidar e promover este projecto, que é decerto único em todo o país, pela forma como nele se associam o passado e o presente, a cultura e o empreendedorismo, a história e o desenvolvimento regional", afirmou o chefe de Estado em Marialva, na Mêda, na sessão comemorativa dos 20 anos das Aldeias Históricas de Portugal.
Marialva, Linhares da Beira, Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso fazem parte da rede das Aldeias Históricas de Portugal que abrange municípios do interior do país.
Cavaco Silva referiu que nas aldeias históricas é possível reconhecer "um forte potencial de desenvolvimento".
"As aldeias históricas não são uma realidade do passado. São um projecto de futuro, em que vale a pena acreditar e em que vale seguramente a pena investir, desde que o produto se apresente como diferenciador e apelativo. Cabe também aos autarcas procurar esse caminho de desenvolvimento", afirmou.
No seu discurso, Cavaco Silva congratulou-se ainda com o trabalho desenvolvido durante as últimas duas décadas e apresentou os seus "sinceros parabéns a todos quantos se empenharam, aos mais diversos níveis, para que a rede, hoje construída por 12 aldeias históricas, fosse recuperada e dotada das infraestruturas necessárias ao desenvolvimento do turismo".
"Se há exemplos bem sucedidos de cooperação entre o Estado e a sociedade civil, este projecto é seguramente um deles", acrescentou.
Apontou que "graças à iniciativa dos cidadãos e das empresas, associada à visão e dinamismo dos autarcas, e com o necessário apoio do Estado, foi possível devolver a cada uma das aldeias abrangidas a sua singularidade arquitectónica, instalar unidades hoteleiras bem equipadas e desenvolver sinergias que fazem do conjunto uma atracção turística de nível europeu".
"A partir desse capital, que foi recuperado da história e, muitas vezes, da ruína com que o êxodo rural ameaça tantas vezes as povoações do interior, constituíram-se dezenas de empresas, criando assim novos postos de trabalho", observou o Presidente da República.
Com o plano "deu-se, portanto, um passo importante para a fixação das populações e para a atração de projectos inovadores, capazes de colocar a região da Beira Interior nas rotas do turismo nacional e internacional", salientou.
No início da intervenção, recordou "uma viagem inesquecível" que fez como primeiro-ministro, em 02 de junho de 1994, quando visitou seis aldeias da Beira Interior: Monsanto, Idanha-a-Velha, Sortelha, Castelo Mendo, Almeida e Marialva.
Vinte anos depois, Cavaco Silva visitou Marialva, Linhares da Beira e Almeida.
Na passagem por Linhares da Beira (Celorico da Beira), elogiou a localidade dizendo que possui "um cenário lindo".
"Estive aqui em 1994. Estavam pessoas sentadas ali [na frente do castelo], havia parapentes aqui por cima. Achei este cenário único, das coisas mais lindas que tinha encontrado nas Aldeias Históricas de Portugal", referiu.