PSD saúda Governo por reconhecer que trajectória do défice era “adequada”

O CDS-PP diz que os portugueses tirarão as conclusões sobre de quem é o mérito do cumprimento da meta.

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Luís Montenegro reagiu violentamente ao chumbo do BCE à solução do Governo para a CGD Miguel Madeira/Arquivo

O líder da bancada do PSD cumprimentou o Governo socialista por assumir que a trajectória orçamental era a correcta para Portugal ficar abaixo da meta do défice dos 3% em 2015. A posição assumida esta quinta-feira pelo ministro das Finanças “dá conforto” ao objectivo orçamental.

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O líder da bancada do PSD cumprimentou o Governo socialista por assumir que a trajectória orçamental era a correcta para Portugal ficar abaixo da meta do défice dos 3% em 2015. A posição assumida esta quinta-feira pelo ministro das Finanças “dá conforto” ao objectivo orçamental.

“É um dia importante em que o actual governo reconhece de forma clara que o caminho orçamental era o adequado”, disse aos jornalistas Luís Montenegro no Parlamento. Apesar de não querer comentar um valor preciso para o défice deste ano – 2,7%, 2,8% ou 2,9% - , o social-democrata afirmou que se houvesse um problema nas contas “não eram apenas estas medidas que são de mera gestão e que já estão em vigor” que o resolveriam.

Luís Montenegro começou por “cumprimentar” o Governo e o ministro das Finanças pela “manutenção das medidas de contenção” para atingir uma “meta inferior” aos 3% e por ter “assegurado todas as condições” de atingir essa meta. “As informações deverão servir como inspiração para o Governo fazer a sua proposta de Orçamento do Estado para 2016”, afirmou. 

Num tom bem distinto, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles apontou o dedo ao PS por estar a querer ficar com os louros do cumprimento da meta do défice. "Se o PS agora quer vir dizer que todo o mérito no cumprimento desta meta reside nestas três semanas de Governo que faltam para acabar 2015, eu digo que podemos fingir que acreditamos, o PS pode fingir que o fez, os portugueses tirarão as conclusões", afirmou, destacando como "importantíssimo" esse objectivo para Portugal poder sair do procedimento por défice excessivo.

"Tudo o mais neste momento parece-me secundário", conclui.