FC Porto perde em Londres e cai para a Liga Europa
Chelsea venceu os "dragões" por 2-0 e o Dínamo Kiev também cumpriu a obrigação no Grupo G.
O FC Porto tinha mesmo uma montanha para escalar, mas desde cedo deu sinais de precisar que o Maccabi Telavive também levasse cordas e mosquetões para ajudar. Nem o conjunto português mostrou capacidade para ganhar em Londres ao menos infalível Chelsea dos últimos anos, acabando derrotado por 2-0, nem os israelitas conseguiram roubar pontos ao Dínamo Kiev na Ucrânia (1-0). A mistura dos resultados ditou que a continuidade portista na provas da UEFA se faça na Liga Europa e não na Liga dos Campeões.
O campeão inglês tinha perdido apenas um dos últimos 37 jogos caseiros na fase de grupos da Liga dos Campeões e Julen Lopetegui tentou “assaltar” Stamford Bridge com novidades. Apostou em povoar o meio-campo, com um sistema com três centrais e sem ponta-de-lança, mas a estratégia não surpreendeu o adversário e não deixou a equipa mais perto de marcar. Repetir o triunfo sobre o Chelsea e imitar o que Liverpool, Bournemouth, Southampton e Crystal Palace já tinham feito nesta temporada — ganhar no estádio dos “blues”, o desfecho de que necessitava — ficou fora do alcance.
Foi uma campanha de oportunidades perdidas para os “dragões”. Apesar de terem estado sempre nos lugares de apuramento nas jornadas anteriores, de terem somado dez pontos nas quatro primeiras e de dependerem de si próprios nas duas últimas, não conseguiram sobreviver à fase de grupos. E foram o Chelsea de José Mourinho e o Dínamo Kiev a reservarem um lugar no sorteio dos oitavos-de-final.
Mas nesta quarta-feira foi preciso um golpe de azar — além da baixa de última hora de André André, por fadiga muscular — para o FC Porto começar a ver a sua vida a andar para trás. A equipa entrou relativamente bem, mas isso mal deu para perceber, porque aos 12’ o Chelsea já estava na frente. Foi o início de um jogo penoso para Iván Marcano, o mais perdido da defesa “azul e branca”. O central espanhol não conseguiu impedir Diego Costa de entrar na área, o avançado rematou para uma boa defesa de Iker Casillas, mas a bola ressaltou em Marcano e entrou na baliza, apesar da tentativa de Maicon de salvar o lance.
Para piorar as coisas, o autogolo foi imediatamente seguido pelo golo de Denys Garmash em Kiev. A jogada ajudou o Chelsea a confirmar o favoritismo com que partiu, apesar da época problemática que está a ter. Pôde controlar o jogo, esperar pelas transições rápidas em que executantes como Costa, Willian, Hazard e Oscar são óptimos. A equipa de Lopetegui teve dificuldade nas saídas de bola e viu, na primeira parte, Brahimi e Corona, a receberem a bola de costas para a baliza de Courtois e rodeados de adversários, serem facilmente neutralizados. Quando o FC Porto conseguiu esticar-se um pouco mais, quem aparecia na área era, muitas vezes, Maxi Pereira.
Mais solto na segunda metade, Jesús Corona tentou o empate logo no recomeço, mas para ultrapassar Thibaut Courtois de longe são precisos remates muito bem colocados. E quando Lopetegui resolveu mudar alguma coisa e lançar Aboubakar e Rúben Neves já estava a perder por dois. O Chelsea voltou a festejar numa jogada rápida. Hazard encontrou Willian sem marcação no lado direito e o brasileiro marcou pela sexta vez nesta época, a primeira sem ser de livre directo. Estavam decorridos 52’ e o apuramento portista estava agora claramente nas mãos do Maccabi.
Com o jogo mais partido, Brahimi e Corona tiveram um pouco mais de espaço, embora fosse o Chelsea a estar novamente mais perto de marcar, nomeadamente quando Hazard atirou ao poste (80’). A melhor oportunidade acabou por acontecer nos descontos, com Brahimi a atirar um pouco ao lado.
O golo do Maccabi nunca chegou a acontecer e o jogo que valeu um recorde para Casillas — 158.º na Liga dos Campeões, mais um do que Xavi — não vai ficar na memória dos portistas. O guarda-redes, pela primeira vez, e o FC Porto, que continua sem ganhar em Inglaterra, seguem para a Liga Europa.
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O FC Porto tinha mesmo uma montanha para escalar, mas desde cedo deu sinais de precisar que o Maccabi Telavive também levasse cordas e mosquetões para ajudar. Nem o conjunto português mostrou capacidade para ganhar em Londres ao menos infalível Chelsea dos últimos anos, acabando derrotado por 2-0, nem os israelitas conseguiram roubar pontos ao Dínamo Kiev na Ucrânia (1-0). A mistura dos resultados ditou que a continuidade portista na provas da UEFA se faça na Liga Europa e não na Liga dos Campeões.
O campeão inglês tinha perdido apenas um dos últimos 37 jogos caseiros na fase de grupos da Liga dos Campeões e Julen Lopetegui tentou “assaltar” Stamford Bridge com novidades. Apostou em povoar o meio-campo, com um sistema com três centrais e sem ponta-de-lança, mas a estratégia não surpreendeu o adversário e não deixou a equipa mais perto de marcar. Repetir o triunfo sobre o Chelsea e imitar o que Liverpool, Bournemouth, Southampton e Crystal Palace já tinham feito nesta temporada — ganhar no estádio dos “blues”, o desfecho de que necessitava — ficou fora do alcance.
Foi uma campanha de oportunidades perdidas para os “dragões”. Apesar de terem estado sempre nos lugares de apuramento nas jornadas anteriores, de terem somado dez pontos nas quatro primeiras e de dependerem de si próprios nas duas últimas, não conseguiram sobreviver à fase de grupos. E foram o Chelsea de José Mourinho e o Dínamo Kiev a reservarem um lugar no sorteio dos oitavos-de-final.
Mas nesta quarta-feira foi preciso um golpe de azar — além da baixa de última hora de André André, por fadiga muscular — para o FC Porto começar a ver a sua vida a andar para trás. A equipa entrou relativamente bem, mas isso mal deu para perceber, porque aos 12’ o Chelsea já estava na frente. Foi o início de um jogo penoso para Iván Marcano, o mais perdido da defesa “azul e branca”. O central espanhol não conseguiu impedir Diego Costa de entrar na área, o avançado rematou para uma boa defesa de Iker Casillas, mas a bola ressaltou em Marcano e entrou na baliza, apesar da tentativa de Maicon de salvar o lance.
Para piorar as coisas, o autogolo foi imediatamente seguido pelo golo de Denys Garmash em Kiev. A jogada ajudou o Chelsea a confirmar o favoritismo com que partiu, apesar da época problemática que está a ter. Pôde controlar o jogo, esperar pelas transições rápidas em que executantes como Costa, Willian, Hazard e Oscar são óptimos. A equipa de Lopetegui teve dificuldade nas saídas de bola e viu, na primeira parte, Brahimi e Corona, a receberem a bola de costas para a baliza de Courtois e rodeados de adversários, serem facilmente neutralizados. Quando o FC Porto conseguiu esticar-se um pouco mais, quem aparecia na área era, muitas vezes, Maxi Pereira.
Mais solto na segunda metade, Jesús Corona tentou o empate logo no recomeço, mas para ultrapassar Thibaut Courtois de longe são precisos remates muito bem colocados. E quando Lopetegui resolveu mudar alguma coisa e lançar Aboubakar e Rúben Neves já estava a perder por dois. O Chelsea voltou a festejar numa jogada rápida. Hazard encontrou Willian sem marcação no lado direito e o brasileiro marcou pela sexta vez nesta época, a primeira sem ser de livre directo. Estavam decorridos 52’ e o apuramento portista estava agora claramente nas mãos do Maccabi.
Com o jogo mais partido, Brahimi e Corona tiveram um pouco mais de espaço, embora fosse o Chelsea a estar novamente mais perto de marcar, nomeadamente quando Hazard atirou ao poste (80’). A melhor oportunidade acabou por acontecer nos descontos, com Brahimi a atirar um pouco ao lado.
O golo do Maccabi nunca chegou a acontecer e o jogo que valeu um recorde para Casillas — 158.º na Liga dos Campeões, mais um do que Xavi — não vai ficar na memória dos portistas. O guarda-redes, pela primeira vez, e o FC Porto, que continua sem ganhar em Inglaterra, seguem para a Liga Europa.