As tatuagens estão a assumir outras funções além de decorar o corpo humano. Há as permanentes e as temporárias, em vários estilos e tamanhos, mas uma empresa de design de software norte-americana quis levar as tatuagens para outro nível. Mais do que um significado para quem as usa, a Chaotic Moon decidiu criar uma tatuagem hi-tech com um circuito feito de componentes electrónicos e tinta condutora para recolher dados biométricos do utilizador.

As tatuagens estão a assumir outras funções além de decorar o corpo humano. Há as permanentes e as temporárias, em vários estilos e tamanhos, mas uma empresa de design de software norte-americana quis levar as tatuagens para outro nível. Mais do que um significado para quem as usa, a Chaotic Moon decidiu criar uma tatuagem hi-tech com um circuito feito de componentes electrónicos e tinta condutora para recolher dados biométricos do utilizador.

Ainda em fase de protótipo as tatuagens da Chaotic Moon vão ser capazes de recolher e descarregar dados sobre a saúde de quem as usa, à semelhança do que faz, por exemplo, o iWatch da Apple, e enviá-los para um médico ou um servidor militar.

Ben Lamm explica que a tatuagem é temporária e sai como uma qualquer tatuagem decorativa aplicada sobre a pele. Tem, no entanto, uma composição completamente diferente. Feita com componentes electrónicos, é capaz de monitorizar a temperatura corporal, a pressão arterial ou detectar se uma pessoa está stressada com base no suor, batimento cardíaco e nível de hidratação. As tatuagens da Chaotic Moon usam tinta electro-condutora para apanhar os sinais vitais do corpo humano. “Usamos um material condutor para ligar o micro controlador a uma variedade de sensores contida num formato de tatuagem temporária flexível”, indicou o responsável à Wired.

Além da possível utilização militar, em que podem detectar a presença de patógenos no corpo de um soldado ou identificar se este está ferido ou em stress, ou a recolha de dados biométricos, o CEO da empresa diz que as tatuagens podem ser uma ajuda para localizar o utilizador em grandes áreas, com multidões. No entanto, Ben Lamm não acredita que estas tatuagens venham a substituir a curto prazo as tradicionais.

"Em teoria, poderiam trabalhar como tatuagens reais", começa por explicar Lamm à Wired. "Mas quando se incorporarem na camada dérmica da nossa pele, há muito a considerar. A condutividade é perdida através da resistência natural da nossa pele, por exemplo, e os materiais utilizados para produzir o circuito provavelmente teriam de ser adaptados", acrescentou. "Consigo vê-las a trabalhar ao lado de tatuagens reais, mas não penso que vão aumentar ou substituir as tatuagens reais".

Apesar de considerar que as tatuagens não vão sobrepor-se às tradicionais, o CEO da Chaotic Moon consegue imaginá-las a serem usadas por todos. “A tatuagem electrónica é um dispositivo que vai tornar a vida mais fácil a qualquer um”, pode funcionar em “situações complexas ou ter um uso doméstico”, observou Lamm, dando como exemplo a possibilidade de medir e vigiar a temperatura de uma criança que esteja doente ou monitorizar o padrão de sono do utilizador.