Candidatura de Cândido Ferreira exige participação nos debates entre candidatos

A assessoria do candidato a Belém questiona os critérios de cobertura da campanha à Presidência da República e considera “absurdo” não se dar tempo de antena a um candidato que já recolheu as 7500 assinaturas.

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Cândido Ferreira recorrerá à Justiça se a sua campanha continuar a ser ignorada pelos órgãos de comunicação social. Rui Gaudêncio

A candidatura de Cândido Ferreira insurge-se contra a notícia referente aos frente-a-frente planeados entre sete candidatos à Presidência da República, a ser transmitidos pela RTP, SIC e TVI, entre 1 e 9 de Janeiro. A campanha do antigo dirigente socialista diz que já recolheu as 7500 assinaturas exigidas pelo Tribunal Constitucional e admite recorrer à Justiça se não tiver a sua participação assegurada.

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A candidatura de Cândido Ferreira insurge-se contra a notícia referente aos frente-a-frente planeados entre sete candidatos à Presidência da República, a ser transmitidos pela RTP, SIC e TVI, entre 1 e 9 de Janeiro. A campanha do antigo dirigente socialista diz que já recolheu as 7500 assinaturas exigidas pelo Tribunal Constitucional e admite recorrer à Justiça se não tiver a sua participação assegurada.

“Com que critérios se fez esta selecção?”, questionam membros da comitiva de Cândido Ferreira, argumentando que, à data da decisão dos debates entre candidatos, “o único que tinha entregue as assinaturas no Tribunal Constitucional era Paulo Morais, que o fez a 1 de Dezembro. Precisamente no mesmo dia em que o candidato Cândido Ferreira anunciou ter conseguido atingir as 7500 assinaturas”.

A assessoria do médico e ex-dirigente do PS argumenta que “numas eleições legislativas ainda se poderá invocar a representatividade eleitoral tendo em conta o histórico”, mas que “em eleições presidenciais todos os candidatos partem do mesmo patamar e o único critério possível é a validação da candidatura pelo Tribunal Constitucional”.

Cândido Ferreira, que já tinha apresentado uma queixa com base no “flagrante tratamento desigual entre as chamadas candidaturas presidenciais independentes e as partidárias”, e que originou a abertura de um procedimento pelo provedor da Justiça, admite agora recorrer de novo ao órgão de Estado para que se reavalie a programação dos debates presidenciais.

Os candidatos planeados para entrarem em confronto são Marcelo Rebelo de Sousa, Maria de Belém, Sampaio da Nóvoa, Marisa Matias, Edgar Silva, Paulo Morais e Henrique Neto. Noticia editada por Leonete Botelho.