Alterações climáticas impõem reforço das dunas da praia de Santo André

Mais de um milhão de euros foram investidos na consolidação da morfologia dunar recorrendo a técnicas de regeneração natural numa área com 55 mil metros quadrados.

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As varas de salgueiro são usadas para consolidar as dunas Miguel Manso

A Sociedade Polis Litoral Sudoeste, entidade responsável pela requalificação da praia da costa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, anunciou a conclusão das obras e assinalou que a intervenção efectuada na zona do litoral alentejano para além de requalificar a praia, preparou o sistema dunar “para os efeitos das alterações climáticas” que, admite, poderão surgir “num futuro próximo”.  

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A Sociedade Polis Litoral Sudoeste, entidade responsável pela requalificação da praia da costa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, anunciou a conclusão das obras e assinalou que a intervenção efectuada na zona do litoral alentejano para além de requalificar a praia, preparou o sistema dunar “para os efeitos das alterações climáticas” que, admite, poderão surgir “num futuro próximo”.  

Nos trabalhos de reconstrução e consolidação da morfologia das dunas foram utilizadas técnicas de regeneração natural recorrendo à colocação de paliçadas, estruturas em ramos de salgueiro, e à plantação de cerca de 19.200 plantas de espécies dunares autóctones. Na zona abrangida pela intervenção, procedeu-se ainda à remoção manual de espécies invasoras, como a acácia e o chorão numa área próxima dos 55 mil metros quadrados.

A intervenção na costa da praia de Santo André enquadra-se nas acções que têm sido efectuadas ao longo do litoral português para travar a “tendência erosiva e regressiva e um risco concreto de perda de território”, assinala a Sociedade Polis. Para este cenário, acentua esta entidade, contribuem as alterações climáticas, expressas na “subida do nível médio do mar, na modificação do regime de agitação marítima e nos aumentos da frequência dos episódios meteorológicos extremos e da precipitação concentrada”.  

Álvaro Beijinha, presidente da Câmara de Santiago do Cacém, reforma os argumentos expressos por aquela entidade ao considerar a requalificação da praia da costa de Santo André “fundamental para a protecção de pessoas e bens” por se tratar de uma zona do território litoral de ”grande interesse turístico, essencial para a economia da região”.

A intervenção efectuada contemplou ainda o ordenamento e reconversão de caminhos, a criação de espaços para o estacionamento de viaturas afastados da zona dunar e a instalação de novos acessos e passadiços, em material reciclado, destinados a pessoas com mobilidade reduzida.

O investimento efectuado na requalificação e consolidação da costa de Santo André, no âmbito de uma parceria entre Sociedade Polis Litoral Sudoeste e a Câmara de Santiago do Cacém, superou um milhão de euros e foi apoiado pelo Programa Operacional Temático de Valorização do Território 2007/2013 e cofinanciada a 85% pelo Fundo de Coesão.