Uma carrinha a ligar o Portugal de cá ao Portugal de lá
Equipa do Alto Comissariado das Migrações vai falar dos projectos que tem para portugueses residentes no estrangeiro.
Um espectáculo de estrada intitulado Portugal é onde estão os Portugueses no ar de 5 a 13 de Dezembro por cinco cidades europeias com grande concentração de portugueses: Genebra, Zurique, Luxemburgo, Hamburgo e Paris. Tiro de partida é dado esta quarta-feira, no Largo Camões, em Lisboa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Um espectáculo de estrada intitulado Portugal é onde estão os Portugueses no ar de 5 a 13 de Dezembro por cinco cidades europeias com grande concentração de portugueses: Genebra, Zurique, Luxemburgo, Hamburgo e Paris. Tiro de partida é dado esta quarta-feira, no Largo Camões, em Lisboa.
Há qualquer coisa de nostálgico nesta proposta do Alto Comissariado das Migrações (ACM): quem quiser pode passar esta quarta-feira pelo Largo Camões e remeter postais a desejar boas festas e próspero Ano Novo para e equipa entregar a familiares ou amigos nos pontos pelos quais passará na carrinha.
É de esperar que façam as entregas entre as 10h e as 18h: no dia 5, no café-restaurante Boa Brasa, em Genebra, na Suíça; no dia 6, no restaurante Fabiana, ainda na Suíça, mas em Zurique. No dia 8, já no Luxemburgo, na cidade-capital, no supermercado Primavera Pain. No dia 10, na Alemanha, em Hamburgo, noutros dois poisos habituais de portugueses, o restaurante o Farol e o restaurante D. José. Já a 12, em França, nos subúrbios de Paris, primeiro em Pierefitte, na pastelaria Canelas, depois em Pontault-Combault, no restaurante Pedra Alta. E a 13, dia que se presume para muitos seja de ida a missa, no santuário parisiense de Nossa Senhora de Fátima.
Atendendo à dimensão da diáspora e ao actual fluxo de saídas, foi ponderada a inclusão do Reino Unido. Acabou por ficar de fora, por questões logísticas, explicou o alto-comissário, Pedro Calado.
Desde o ano passado, aquele organismo, que antes se chamava Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, passou a trabalhar também dinâmicas relacionadas com a emigração. Desenvolve alguns projectos destinados a reforçar os laços com Portugal e a incentivar o retorno de cidadãos nacionais. E esta viagem servirá também para os dar a conhecer.
Numa curta conversa telefónica com o PÚBLICO, Pedro Calado anunciou uma aplicação para telemóvel com referência de lojas, clubes, associações, cafés, restaurantes, consulados, embaixadas, instalações do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, acessível em portugallafora.pt/store.
Será uma espécie de mapa do mundo português lá fora, sintetiza o alto-comissário. Esta terça-feira estava a acabar de ser testada, mas deverá estar operacional estes dias. Arranca com cerca de seis mil referências. A expectativa é que os utilizadores vão enriquecendo a lista, inclusive com novos domínios, como por exemplo, exemplares de arquitectura portuguesa. Tudo para ajudar quem está fora a manter uma ligação a Portugal. “Onde se pode comer bacalhau em Pequim?”, por exemplo. Onde se pode estudar Português em Berlim? Há um FC Porto em Bruxelas?
A equipa do ACM, adiantou Pedro Calado, irá ainda promover duas iniciativas lançadas em Novembro: o programa “Elevar o seu Negócio”, destinado a ajudar a replicar em Portugal a empresa que tem no estrangeiro, através de “apoio técnico, integração em fórum e rede de empresários, acesso privilegiado às entidades locais e acompanhamento” e o concurso “50/50”.
Pegue-se no exemplo de uma corporação de bombeiros que precisa de um novo veículo rural de combate a incêndios. Até 5 de Dezembro, pode registar-se na plataforma www.50por50.pt. Sendo um dos 50 seleccionado, o projecto ficará disponível num site criado pelo ACM. E a corporação terá de convencer “emigrantes apoiantes” a contribuir com algum dinheiro. Se obtiver 50% do financiamento por essa via, o ACM dar-lhe-á os restantes 50%.