Primeiro-ministro almoça com o economista Joseph Stiglitz em São Bento
O economista norte-americano Joseph E. Stiglitz, laureado com o prémio Nobel da Economia em 2001, almoçou esta terça-feira com o primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, disse à Lusa fonte socialista.
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O economista norte-americano Joseph E. Stiglitz, laureado com o prémio Nobel da Economia em 2001, almoçou esta terça-feira com o primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, disse à Lusa fonte socialista.
Além de António Costa, no almoço também estiveram presentes o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, o porta-voz do PS, João Galamba, e o deputado socialista Paulo Trigo Pereira.
Antes, durante a manhã, Joseph Stiglitz reuniu-se com os grupos parlamentares do Bloco de Esquerda, PS e PCP e encontra-a ao início da tarde com "Os Verdes".
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, será a última figura parlamentar a receber o antigo vice-presidente do Banco Mundial e consultor económico da Administração Clinton, depois de bloquistas, socialistas, comunistas e ecologistas.
Stiglitz pretende ficar a conhecer mais aprofundadamente a realidade económico-social portuguesa antes da conferência que vai protagonizar na Fundação Calouste Gulbenkian, às 18:30, intitulada "Desigualdade num Mundo Globalizado".
O perito de 72 anos participou ainda no relatório do painel intergovernamental sobre alterações climáticas e partilhou o Nobel da Economia em 2007 com o antigo vice-presidente norte-americano Al Gore.
Apreensão com o caminho económico da Europa
Depois de reunir com o economista, a dirigente de "Os Verdes" Manuela Cunha afirmou que Joseph Stiglitz, transmitiu uma mensagem de preocupação face à evolução da União Europeia, defendendo pressão para que a Alemanha aceite uma inversão do actual caminho.
"Joseph Stiglitz mostrou-se muito apreensivo com a visão de médio e longo prazo da União Europeia, principalmente por responsabilidade da Alemanha. Considerou a regra do limite de 3% do pacto de estabilidade perfeitamente ridícula e defendeu a necessidade de pressão para que a Alemanha aceite inverter este rumo", referiu a dirigente ecologista.
Pela parte de "Os Verdes", Manuela Cunha disse que apresentou ao economista norte-americano alguns dos pontos do acordo político celebrado com o PS, designadamente em matérias como o fim das privatizações nos setores da água e dos transportes, a aposta na ferrovia e a travagem do eucalipto.
"Mostrou-se muito interessado nas questões de desenvolvimento e ambiente. Tivemos uma conversa informal muito interessante", acrescentou a dirigente de "Os Verdes".