Abate de avião russo provoca queda nas bolsas e subida do petróleo
Juros da dívida pública portuguesa mantiveram-se estáveis.
Depois dos atentados em Paris e das ameaças de actos terroristas em vários países europeus, o abate de um avião russo por meios militares turcos agravou o nervosismo dos investidores, arrastando as bolsas europeias para quedas superiores a 1%.
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Depois dos atentados em Paris e das ameaças de actos terroristas em vários países europeus, o abate de um avião russo por meios militares turcos agravou o nervosismo dos investidores, arrastando as bolsas europeias para quedas superiores a 1%.
As maiores quedas verificaram-se nas praças de Paris, onde o CAC 40 encerrou a cair 1,841%, seguida do Dax de alemão, a recuar 1,43%.
No dia em que António Costa foi indigitado primeiro-ministro, a bolsa de Lisboa acompanhou o sentimento negativo das congéneres, mas com uma das quedas menores do dia, de 0,59%.
As bolsas norte-americanas também iniciaram a sessão em terreno negativo, apesar da revisão em alta da estimativa de evolução do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos no terceiro trimestre.
A tensão criada com o abate do avião russo pela Turquia, que levou já o Presidente Vladimir Putin a acusar este país de estar a ser “cúmplice de terroristas”, gerou uma subida na cotação do petróleo. O West Texas Intermediate (WIT), negociado em Nova Iorque, subiu 3,19%, para 43,08 dólares por barril, e o Brent, referência para a Europa, subiu 3,46%, para 46,32 dólares.
No mercado de dívida, as taxas implícitas das obrigações a dez anos negociaram estáveis, nos 2,54%. Citado pela Reuters, Filipe Silva, gestor de dívida do Banco Carregosa, no Porto, disse que "o mercado de dívida não está assustado com um Governo à esquerda porque acredita que as medidas core europeias não são postas em causa".