Obama pede que países e líderes resistam ao terror

Presidente dos EUA pede presença de líderes na cimeira do clima em Paris. “A ferramenta mais poderosa que temos para combater o EI é dizer que não temos medo.”

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Obama, este domingo em Kuala Lumpur Jonathan Ernst/REUTERS

O Presidente dos Estados Unidos pediu este domingo que “cada país, cada líder, envie um sinal de que a perversidade de uma mão-cheia de assassinos não impeça o mundo” de tratar de questões “vitais”. Numa referência às cidades atingidas pelo terrorismo nos últimos dias, de Paris a Bruxelas passando por Beirute ou Bamako, Barack Obama frisou a importância de que os líderes mundiais acorram, como previsto, à cimeira do clima em Paris no próximo dia 30.

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O Presidente dos Estados Unidos pediu este domingo que “cada país, cada líder, envie um sinal de que a perversidade de uma mão-cheia de assassinos não impeça o mundo” de tratar de questões “vitais”. Numa referência às cidades atingidas pelo terrorismo nos últimos dias, de Paris a Bruxelas passando por Beirute ou Bamako, Barack Obama frisou a importância de que os líderes mundiais acorram, como previsto, à cimeira do clima em Paris no próximo dia 30.

Em Kuala Lumpur, numa paragem do périplo que dura há nove dias e que já o levou da Turquia às Filipinas e à Malásia para participar em cimeiras do G20, da APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico) e da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático), Obama voltou ao tema do terrorismo, que tem inevitavelmente dominado as suas presenças nos vários encontros. E este domingo sublinhou que os atacantes de Paris eram “um grupo de assassinos com boas redes sociais” e não "cérebros".

Depois de frisar como é “vital” que nações, cidades e líderes mantenham as suas actividades apesar dos ataques e ameaças, apelou aos mesmos responsáveis que mostrem que “Paris, uma das mais belas e sedutoras cidades do mundo também não se acobardará pelos actos violentos e dementes de uns quantos” terroristas.

Criticado por quem entende que um envolvimento menor do que o desejável dos EUA na luta contra o autoproclamado Estado Islâmico (EI) contribuiu para a sua implantação e propagação, o chefe de Estado norte-americano prometeu vencer o radicalismo terrorista. "O povo americano enfrentou no passado ameaças enormes, muito reais. E vencemos. Desta vez, não será diferente."

Obama disse também que “além de caçar terroristas, além de informações [intelligence], além de ataques com mísseis e além de cortar o financiamento”, “a ferramenta mais poderosa que temos para combater o EI é dizer que não temos medo”.

"Nós não sucumbimos ao medo, que é o principal poder destes terroristas", disse ainda o Presidente dos EUA.

Um dos pontos focados na conferência de imprensa de Obama foi a sua oposição ao discurso que visa controlar ou conter o fluxo de refugiados em fuga de países como a Síria. Mais de 25 estados dos EUA anunciaram que não aceitarão refugiados sírios por receio de que entre eles se misturem jihadistas.

Nos últimos dias, Obama, tal como este domingo, mostrou alguma irritação com as posições de muitos republicanos e de alguns colegas do seu Partido Democrata, apelidando os defensores dessas posições de “histéricos”. O Presidente evocou os “valores” e “modos de vida” da América para defender o acolhimento de migrantes nos EUA.