PS acusa Cavaco de prejudicar imagem externa do país
Carlos César diz que "o país não pode ficar em silêncio só porque o Presidente está a pensar".
O líder parlamentar do PS e presidente do partido, Carlos César, considerou esta quarta-feira que a “demora” do Presidente da República em indigitar o líder socialista António Costa como primeiro-ministro “tem prejudicado claramente a imagem do país no exterior”. O antigo presidente do Governo Regional dos Açores citou “alguma perplexidade ao nivel da Comissão Europeia”, ao mesmo tempo que se referiu à viagem do Presidente à Madeira como inoportuna. Uma “viagem que podia ser feita em qualquer outra ocasião”, disse no canal TVI24. O presidente do PS deu depois o exemplo das celebrações do 5 de Outubro deste ano, a que Cavaco Silva não compareceu, para lembrar que, no passado, o Presidente havia cancelado iniciativas presidenciais devido à situação política.
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O líder parlamentar do PS e presidente do partido, Carlos César, considerou esta quarta-feira que a “demora” do Presidente da República em indigitar o líder socialista António Costa como primeiro-ministro “tem prejudicado claramente a imagem do país no exterior”. O antigo presidente do Governo Regional dos Açores citou “alguma perplexidade ao nivel da Comissão Europeia”, ao mesmo tempo que se referiu à viagem do Presidente à Madeira como inoportuna. Uma “viagem que podia ser feita em qualquer outra ocasião”, disse no canal TVI24. O presidente do PS deu depois o exemplo das celebrações do 5 de Outubro deste ano, a que Cavaco Silva não compareceu, para lembrar que, no passado, o Presidente havia cancelado iniciativas presidenciais devido à situação política.
O dirigente do PS lembrou também o comportamento dos mercados para justificar a sua crítica à demora do chefe de Estado. Recordou que juros a 10 anos tinham caído para valores negativos, num sinal que as instituições financeiras não estavam assustadas com a tomada de posse de um Governo PS e até faziam “uma leitura inteligente” da presente situação política portuguesa.
Carlos César assumiu ainda que estava a pressionar directamente o Presidente por forma a obter uma decisão mais célere, defendendo que o PS tinha “todo o direito de pressionar [o Presidente] no sentido de uma decisão rápida”: “O país não pode ficar em silêncio só porque o Presidente está a pensar.”