A cover do original dos Duran Duran Save a Prayer feita pelos californianos Eagles of Death Metal está a tornar-se um símbolo da reacção dos seus fãs, e da solidariedade em geral, aos atentados de Paris – o maior número de vítimas concentrou-se no concerto da banda no Bataclan. Save a Prayer está já no número um do top da loja iTunes Portugal e em terceiro lugar na loja do Google Play. No Reino Unido, onde nasceu a campanha, já está no top 50 das tabelas oficiais.

A cover do original dos Duran Duran Save a Prayer feita pelos californianos Eagles of Death Metal está a tornar-se um símbolo da reacção dos seus fãs, e da solidariedade em geral, aos atentados de Paris – o maior número de vítimas concentrou-se no concerto da banda no Bataclan. Save a Prayer está já no número um do top da loja iTunes Portugal e em terceiro lugar na loja do Google Play. No Reino Unido, onde nasceu a campanha, já está no top 50 das tabelas oficiais.

No sábado, após os atentados de Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, dezenas dos quais na sala de concertos Le Bataclan enquanto actuavam os Eagles of Death Metal, um grupo de fãs criou a página Eagles Of Death Metal For No.1. O objectivo é fazer crescer as vendas do single, uma cover da conhecida música Save a Prayer, dos Duran Duran (que também actuavam em Paris na altura dos atentados), para “mostrar a nossa solidariedade contra o terrorismo e o apoio à paz”, lê-se na página de Facebook do movimento, que tem mais de 15 mil seguidores.

“Não estamos associados à banda nem à sua editora, somos só fãs que se sentem felizes por estarem vivos como alguns dos nossos amigos fãs de Eagles of Death Metal tragicamente não estão”. Save a Prayer foi a última canção tocada na íntegra pela banda de Jesse Hughes antes de começarem os tiros que vitimaram fãs de todas as idades e proveniências, bem como profissionais do Bataclan ou o gestor do merchandising da banda, Nick Alexander, entre outros.

A especulação inicial dos mentores da campanha era de que os royalties da venda reverteriam para os Duran Duran, mas os organizadores frisavam que “esse não é o objectivo, é só fazer um statement forte”. Os britânicos Duran Duran rapidamente se associaram à causa e não só a apoiam como gizaram um plano para que todas as receitas da venda sejam entregues a projectos de beneficência. “Muito honrados” pela versão incluída no novo álbum dos norte-americanos, os Duran Duran proclamaram que vão doar “todos os direitos de autor respectivos às vendas desta versão”. Os Duran Duran partilharam ainda que se encontraram no comboio para Paris com os Eagles of Death Metal em vésperas do concerto de dia 13.

Lançada no Reino Unido no dia 14, a campanha tinha como objectivo chegar às 23h59 de quinta-feira, dia até ao qual são contabilizadas as vendas que actualizam as tabelas de vendas no país, com a banda e a respectiva canção em número um. Nos últimos dias, o movimento espalhou-se a outros países e, em Portugal, por exemplo, o single já foi vendido e descarregado na loja da Apple vezes suficientes para o colocar em número um. Na congénere da Google, está em terceiro lugar e Save a Prayer, à hora de publicação desta notícia, encontrava-se em 44.º lugar no top geral de vendas do Reino Unido, “precipitando-se” tabela acima, como escreve a Official Charts Company, responsável pela compilação das listagens.

No iTunes francês, o single é já o décimo mais vendido, no sueco está em sétimo lugar, no finlandês em segundo, na Noruega em quarto lugar, em Espanha está em 32.º lugar, no alemão encontra-se na 33.ª posição, na loja Apple italiana está na 40.ª, mas, nas listas que são constantemente encimadas por Adele, não atinge sequer o top 100 dos EUA. Ouvir a música em serviços como o Spotify também conta, embora em proporções mais desafiantes, para as contas dos tops – cada stream representa um centésimo de uma venda, ou seja, 100 reproduções de Save a Prayer entram na lista como uma venda, explicam os organizadores da campanha no Twitter.