Uber faz parceria com TomTom para mapas e serviços geolocalizados
União vai permitir à Uber ter acesso à tecnologia de criação de mapas e de dados de tráfego da empresa holandesa.
A Uber esteve na lista de interessados em adquirir a divisão de mapas e sistemas de navegação da Nokia, a Here, mas quem fechou o negócio foi o consórcio alemão formado pela Audi, BMW e Daimler (dona da Mercedes). Falhada a tentativa , a Uber, que fornece um serviço de transporte privado através de uma aplicação, procurou uma nova parceria e encontrou-a junto da holandesa TomTom.
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A Uber esteve na lista de interessados em adquirir a divisão de mapas e sistemas de navegação da Nokia, a Here, mas quem fechou o negócio foi o consórcio alemão formado pela Audi, BMW e Daimler (dona da Mercedes). Falhada a tentativa , a Uber, que fornece um serviço de transporte privado através de uma aplicação, procurou uma nova parceria e encontrou-a junto da holandesa TomTom.
A TomTom anuncia o negócio na sua página esta quinta-feira, indicando que o acordo com a Uber será de vários anos e significa que a empresa vai fornecer dados de mapas e tráfego à app norte-americana. “A tecnologia avançada de criação de mapas da TomTom, combinada com a sua informação de tráfego mundial, vai garantir à Uber uma experiência perfeita de navegação, tempos exactos de chegada e viagens eficientes em mais de 300 cidades do mundo”, escreve a multinacional holandesa.
A TomTom fecha, assim, mais um acordo este ano, depois de ter assinado com a Volkswagen para o fornecimento de mapas e de ter renovado o seu contrato com a Apple para alimentar a sua app de navegação para iPhone.
Os valores do negócio com a Uber não foram revelados. Após o anúncio da parceria, as acções da empresa holandesa atingiam os 10,96 euros em Amesterdão, uma valorização a rondar os 8%.
O negócio encaixa na estratégia da TomTom, que cresceu sobretudo a vender aparelhos de GPS, e que pretende ser cada vez mais um fornecedor de tecnologia de navegação, depois de os smartphones, tablets e a própria tecnologia nos carros ter tornado aquele tipo de equipamentos obsoletos.
A multinacional está a atravessar anos difíceis desde que as vendas começaram a cair em 2008. No ano passado, a facturação de 950 milhões era pouco mais de metade da registada naquele primeiro ano de quebra. E 2015 não está a correr bem do ponto de vista financeiro. As receitas cresceram 5% nos primeiros nove meses do ano, mas o resultado operacional é praticamente nulo, totalizando apenas 400 mil euros (uma descida de 98%).
Além do negócio com a TomTom, a Uber adquiriu em Julho deste ano a tecnologia de mapeamento da Microsoft e começou a usar a frota de carros do motor de busca Bing (da Microsoft) para reunir imagens de ruas, à semelhança do que faz o Street View da Google, o que levou à especulação de que estaria a desenvolver o seu próprio projecto de criação de mapeamento.
Estas parcerias são essenciais para a Uber para apostar na criação de carros autónomos, projecto para o qual contribuirá ainda o acordo que a empresa norte-americana estabeleceu no início do ano com a Universidade Carnegie Mellon para a criação do Centro de Tecnologias Avançadas Uber, em Pittsburgh, Estados Unidos, destinado ao desenvolvimento das áreas de mapeamento e segurança de veículos e de tecnologia de autonomia.