PCP já enviou proposta de “posição conjunta” ao PS
Há condições para “assegurar um governo da iniciativa do PS” e para uma "solução duradoura", afirmam comunistas.
De madrugada foi o anúncio do Bloco de Esquerda: a Comissão Política tinha acabado de aprovar o documento resultante das negociações com o PS. Na tarde desta sexta-feira, foi a vez de o PCP enviar ao PS um documento intitulado Posição conjunta do PS e do PCP sobre solução política. O texto surge depois da reunião realizada na última quarta-feira e permite, de acordo com uma nota enviada pelo PCP, “afirmar que estão reunidas as condições para pôr fim ao Governo PSD/CDS-PP” e “assegurar um governo da iniciativa do PS”.
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De madrugada foi o anúncio do Bloco de Esquerda: a Comissão Política tinha acabado de aprovar o documento resultante das negociações com o PS. Na tarde desta sexta-feira, foi a vez de o PCP enviar ao PS um documento intitulado Posição conjunta do PS e do PCP sobre solução política. O texto surge depois da reunião realizada na última quarta-feira e permite, de acordo com uma nota enviada pelo PCP, “afirmar que estão reunidas as condições para pôr fim ao Governo PSD/CDS-PP” e “assegurar um governo da iniciativa do PS”.
“O PCP enviou ao PS esta tarde o texto de Posição conjunta do PS e do PCP sobre solução política, no seguimento da reunião realizada na última quarta-feira, que permite afirmar que estão reunidas as condições para pôr fim ao Governo PSD/CDS-PP, assegurar um governo da iniciativa do PS, num quadro em que está garantida uma composição da Assembleia da República para a formação de um governo do PS, a apresentação do programa, a sua entrada em funções e para a adopção de uma política que assegure uma solução duradoura”, lê-se no comunicado enviado pelos comunistas à comunicação social.
Os comunistas escrevem ainda que “no sentido do anúncio formal” desta posição conjunta propuseram aos socialistas uma data para a sua divulgação pública. Não avançam qual a data proposta, esperando agora pela resposta do PS.
“O PCP salienta a importância de não permitir a continuação em funções do Governo PSD/CDS e reafirma o seu propósito de apresentação de uma moção de rejeição do programa do Governo que será votada na próxima terça-feira na Assembleia da República. Como temos afirmado, PSD e CDS não estão em condições de, por si só, prosseguirem o rasto de destruição e declínio que a sua política constituiu”, defendem ainda os comunistas na nota enviada nesta sexta-feira.
Neste domingo realiza-se a reunião do Comité Central do PCP que, tal como o PÚBLICO noticiou, pretende envolver todo o partido numa decisão relativa ao acordo, dando-lhe um carácter mais unitário.
De madrugada, tinha sido a vez de a porta-voz do Bloco de Esquerda Catarina Martins anunciar que também já havia um documento sobre as negociações com o PS. O anúncio foi feito através do Twitter e da página do partido pouco antes da 1h da madrugada de sexta-feira. “A Comissão Política do Bloco acaba de aprovar o documento resultante das negociações com o PS. A esquerda responde pelo emprego, salários e pensões.”
Ao mesmo tempo era publicado na página na Internet do partido uma posição oficial da Comissão Política sobre a aprovação dos conteúdos do acordo com os socialistas: “A Comissão Política congratula-se com este resultado. Pela parte do Bloco, as negociações com o PS estão concluídas e estão reunidas as condições para um acordo à esquerda pela protecção do emprego, dos salários e das pensões.”