20 pessoas detidas na Turquia por suspeita de ligações ao Estado Islâmico
Ofensiva turca contra o grupo jihadista intensifica-se a dias do G-20.
A uma semana do encontro do G20, as autoridades turcas detiveram um grupo de 20 suspeitos de estarem ligados ao autoproclamado Estado Islâmico em Antalya, local onde irá decorrer o encontro anual entre as grandes potências mundiais. A segurança foi apertada para receber os principais chefes de Estado, entre eles Barack Obama e Vladimir Putin.
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A uma semana do encontro do G20, as autoridades turcas detiveram um grupo de 20 suspeitos de estarem ligados ao autoproclamado Estado Islâmico em Antalya, local onde irá decorrer o encontro anual entre as grandes potências mundiais. A segurança foi apertada para receber os principais chefes de Estado, entre eles Barack Obama e Vladimir Putin.
A operação policial desta sexta-feira teve três incursões simultâneas em três distritos da região. Acontece depois de, nesta semana, terem sido também detidos em Istambul nove alegados membros do grupo extremista, acusados de preparar um atentado suicida na capital.
Numa conferência em Erbil, no Iraque, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Feridun Sinirlioglu, referiu que a Turquia tinha planos para “agir militarmente nos próximos dias”. Feridun descreveu os jihadistas como uma “clara e presente ameaça”, ressalvando que “todos deveriam unir-se contra este perigo”.
Depois do atentado de Outubro em Ancara, em que duas bombas mataram 102 pessoas e feriram outras 500 numa marcha pela paz, a Turquia intensificou a acção contra o EI (Estado Islâmico) – em pleno período eleitoral, o Governo interino do AKP atribuiu a responsabilidade do ataque a uma aliança improvável de separatistas curdos, combatentes do EI e grupos de extrema-esquerda. O Governo diz agora que o ataque foi levado a cabo por uma célula no país sob o comando do Estado Islâmico.
Os líderes turcos alegam que os extremistas pretendiam terminar com as eleições presidenciais do último domingo, que deram a vitória ao partido do Presidente turco, Recep Erdogan, o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP).
O conflito na Síria é um dos debates em agenda para a cimeira dos 19+1, numa altura em que a União Europeia quer estreitar relações com a Turquia para mitigar a vinda diária de milhares de refugiados às suas fronteiras, a esmagadora maioria vinda do território turco.