Prémio Goncourt para Boussole de Mathias Énard
O escritor francês de 43 anos venceu o prémio com um romance que dedica ao povo sírio.
O escritor Mathias Énard, autor de Zona (editado pela Dom Quixote) e de Fala-lhes de Batalhas, de Reis e de Elefantes (ed. Dom Quixote, Prémio Goncourt des Lycéens em 2010), conquistou esta terça-feira o Prémio Goncourt com o seu novo romance, Boussole (ed Actes Sud) , ainda não editado em Portugal, que dedica ao povo sírio e onde pretende desmontar os clichés sobre o Oriente, onde o escritor viveu alguns períodos da sua vida nomeadamente no Líbano, na Síria e na Turquia. Actualmente, o escritor que nasceu em 1972, é professor de árabe na Universidade de Barcelona.
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O escritor Mathias Énard, autor de Zona (editado pela Dom Quixote) e de Fala-lhes de Batalhas, de Reis e de Elefantes (ed. Dom Quixote, Prémio Goncourt des Lycéens em 2010), conquistou esta terça-feira o Prémio Goncourt com o seu novo romance, Boussole (ed Actes Sud) , ainda não editado em Portugal, que dedica ao povo sírio e onde pretende desmontar os clichés sobre o Oriente, onde o escritor viveu alguns períodos da sua vida nomeadamente no Líbano, na Síria e na Turquia. Actualmente, o escritor que nasceu em 1972, é professor de árabe na Universidade de Barcelona.
Os três outros finalistas daquele que é o mais prestigiado prémio francês eram Tobie Nathan, com Ce pays qui te ressemble; Nathalie Azoulai, com Titus n'aimait pas Bérénice e Hédi Kaddour, o grande favorito com a obra Les prépondérants, que recebeu na passada semana o Grande Prémio do Romance da Academia Francesa.
Boussole, décima obra de Mathias Énard, é narrada a partir da voz de Franz Ritter, um catedrático musicólogo que vive em Viena e sofre de uma doença grave que o leva a fumar ópio para diminuir a dor.
O escritor, de 43 anos, sucede no palmarés do Goncourt à autora Lydie Salvayre, que o ano passado ganhou o prémio com Pas Pleurer (Nada de lágrimas, publicado em Portugal pela Bertrand), romance que evoca a Guerra Civil espanhola.
O prémio Renaudot, um destacado galardão literário atribuído no mesmo dia e no mesmo lugar que o Goncourt, foi atribuído a Delphine de Vigan, a única finalista feminina, com D'après une historie vraie.