Máquinas oferecem "pequenas histórias" para passar o tempo

E se em vez de comida e bebida uma máquina de venda automática imprimisse pequenas histórias para que as pessoas lessem? A ideia já está em prática

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Projecto não é uma tomada de posição contra smartphones, apenas uma alternativa, diz editora DR

Esqueçam os olhos colados no telemóvel, seja a trocar mensagens, a navegar na net ou a jogar Candy Crush. Nos locais públicos da cidade de Grenoble, no sul da França, o combate ao tédio da espera pode agora fazer-se de outra forma. Imaginem as máquinas de venda automática. Agora pensem numa coisa semelhante que em vez de comida e bebida tem pequenas histórias — e que em vez de vender, oferece.

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Esqueçam os olhos colados no telemóvel, seja a trocar mensagens, a navegar na net ou a jogar Candy Crush. Nos locais públicos da cidade de Grenoble, no sul da França, o combate ao tédio da espera pode agora fazer-se de outra forma. Imaginem as máquinas de venda automática. Agora pensem numa coisa semelhante que em vez de comida e bebida tem pequenas histórias — e que em vez de vender, oferece.

A ideia da editora Short Édition surgiu há uns anos, numa conversa feita com uma comum máquina de venda automática por companhia: e se pudéssemos transformar isto num produto literário, pensaram.

O projecto não é uma tomada de posição contra "smartphones" — mas é uma alternativa à tecnologia e um incentivo ao consumo de cultura. As máquinas estão disponíveis 24 horas por dia e podem ser utilizadas por qualquer pessoa de forma gratuita. Basta decidir quanto tempo se tem para ler a pequena história, carregar no botão respectivo — um, três ou cinco minutos — e mandar imprimir um texto. Para já, há 600 histórias disponíveis na Short Édition, que conta com 141 mil subscritores e 1100 autores.

"As histórias são uma parte importante da nossa vida. Precisamos delas para construir aquilo que somos individualmente. Cada vez mais pessoas não se sentam para ler um livro", lamenta o editor e co-fundador da Short Édition Quentin Plepé, citado pelo Fast Company. "Isto é uma forma de ter uma pequena história, só por alguns minutos." Para já, o projecto está em funcionamento apenas em Grenoble, mas a editora pretende expandi-lo a mais locais.