Star Trek vai ter nova série de "televisão" em 2017

Chega em Janeiro de 2017 à CBS e irá "ousadamente onde nenhuma série Star Trek alguma vez foi na sua primeira exibição": rumo ao video on demand digital.

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Depois dos filmes, o regresso de Star Trek à sua primeira casa - a televisão. Alex Kurtzman está a desenvolver uma nova série baseada no universo criado por Gene Roddenberry que se estreará em 2017 num formato inovador: o primeiro episódio será transmitido na CBS, uma das networks generalistas norte-americanas, mas depois estará apenas disponível no serviço de video on demand do canal.

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Depois dos filmes, o regresso de Star Trek à sua primeira casa - a televisão. Alex Kurtzman está a desenvolver uma nova série baseada no universo criado por Gene Roddenberry que se estreará em 2017 num formato inovador: o primeiro episódio será transmitido na CBS, uma das networks generalistas norte-americanas, mas depois estará apenas disponível no serviço de video on demand do canal.

"Esta nova série estrear-se-á para o público nacional da CBS e depois irá ousadamente onde nenhuma série Star Trek alguma vez foi na sua primeira exibição - directamente aos seus milhões de fãs através" do serviço CBS All Access, disse Marc DeBevoise, o vice-presidente da CBS Digital, citado pela Variety (e fazendo o trocadilho com a emblemática frase de lançamento da série).

Há dez anos longe da televisão, este regresso acontecerá pouco depois do 50.º aniversário de Star Trek. A série original estreou-se em Setembro de 1966 e, apesar das audiências pouco estelares, Star Trek tornar-se-ia num objecto de culto nas suas reposições na televisão e também num dos mais prolíficos franchises da cultura popular. Originou 12 filmes (de três períodos de produção distintos, com mais duas futuras longas-metragens na forja, a próxima das quais, Star Trek Beyond, com estreia no Verão de 2016), cinco séries televisivas (além da original, Next Generation, Deep Space Nine, VoyagerEnterprise) e uma legião de fãs (os trekkies ou trekkers) fervorosa

Exactamente por isso - e os executivos da CBS não o escondem -, Star Trek é ideal para dar gás a um serviço de subscrição digital num mundo em mudança. "Temos agora uma oportunidade incrível de acelerar" o crescimento do All Access, admitiu DeBevoise, " com o icónico Star Trek e a sua base de fãs devota e apaixonada", que se transformará assim na "primeira série original" daquele serviço digital. O Netflix está a fazê-lo com a Marvel e o serviço Hulu, não disponível em Portugal, prepara uma "event series" com a adaptação do épico de viagem no tempo sobre o assassinato de John F. Kennedy escrito por Stephen King, 11.22.66

E, como assinala o colunista da revista Atlantic David Sims, pode também querer o que todos os produtores de audiovisual desejam actualmente - diminuir a mossa da pirataria. "Todos os dias, um episódio do franchise Star Trek é visto em quase todos os países do mundo. Mal podemos esperar para apresentar a nova viagem de Star Trek à sua base de fãs global", disse na apresentação da novidade Armando Nuñez, CEO da distribuição da CBS, abrindo a porta à disponibilização da série para o mercado planetário (funciona sobretudo para os EUA, Canadá e Austrália).

O projecto encontra-se em fase muito inicial e ainda em busca do argumentista que desenvolverá a ideia, trabalhando com Kurtzman - um colaborador regular de Roberto Orci e J.J. Abrams, desde os tempos da série de televisão Alias até aos dois filmes mais recentes de Star Trek, que escreveu e produziu e refundaram a saga espacial. Produziu ainda (e também escreveu o argumento) O Fantástico Homem-Aranha 2, entre outros títulos. Não é certo em que linha temporal se passará esta série, já que Abrams fez o reboot da saga com o filme de 2009 jogando com a história da série original mas numa nova direcção, ou sequer se estará associada aos novos filmes.