O Sporting passou no primeiro teste à liderança
Com um golo de Teo Gutiérrez, os “leões” derrotaram em Alvalade o Estoril e somaram o terceiro triunfo consecutivo no campeonato.
Depois da moralizadora e autoritária vitória na Luz, o Sporting voltava a casa para defender a liderança isolada, algo a que não está muito habituado nos últimos anos, ao contrário de Jorge Jesus, campeão em três das últimas seis temporadas. Neste sábado, em Alvalade, os “leões” tiveram grandes dificuldades, mas acabaram por vencer, por 1-0, o Estoril-Praia, com um penálti polémico convertido por Gutiérrez, reforçando a liderança, com 23 pontos, mesmo que com mais um jogo que FC Porto e Benfica.
A última vez que o Sporting se tinha visto na frente sem ninguém ao lado tinha sido ainda no tempo de Leonardo Jardim, em que só conseguiu segurar esse estatuto por uma jornada. Desta vez, os lisboetas teriam a garantia que continuavam líderes porque o FC Porto decidiu não jogar na Madeira, mas, mesmo com um jogo a mais, olhar para a classificação e ver cinco pontos de diferença para os portistas seria sempre algo por que valia a pena lutar.
Em relação ao “onze” da Luz, algumas mudanças de pormenor, motivadas por uma lesão (Naldo por Ewerton) e por um castigo (Adrien por Gelson), mas com um balanço teoricamente mais ofensivo. A diferença aqui estava naquilo que o adversário estava disposto a arriscar e, nesse capítulo, o Estoril não foi o Benfica. Ou seja, de contenção e contra-ataque, até porque não tinha o seu homem-golo, Leo Bonatini. Esperar pelo erro adversário — e o Sporting comete alguns — e atacar no momento certo.
Tudo o que Jorge Jesus pudesse ter pensado para este jogo podia ter caído por terra logo nos primeiros dez minutos, em que os “canarinhos” foram, objectivamente, mais perigosos. Logo no primeiro minuto, Gerso avança pela esquerda, ultrapassa João Pereira e coloca a bola na frente de Dieguinho, mas o brasileiro atira ao lado. Aos 8’, Gerso volta a fazer o mesmo, só que desta vez é Rui Patrício a fazer uma enorme defesa ao cabeceamento do argentino Chaparro. A estas duas oportunidades, o Sporting apenas respondeu com uma semelhante, um cabeceamento por cima da trave de Slimani.
Aos 18’, um velho conhecido de Jorge Jesus ia “traindo” o seu antigo técnico. Bruno César, um antigo médio do Benfica que não era conhecido pela sua velocidade, consegue responder da melhor maneira a um lançamento longo do guarda-redes Kieszek e avança para a área “leonina”, com Rui Patrício a negar, mais uma vez, o golo aos estorilistas. Em termos de oportunidades de golo flagrantes na primeira parte, três para o Estoril, uma para o Sporting. Os “leões” tinham mais vagas de ataque e rondavam muito a baliza adversária, mas não rematavam com grande propósito e Kieszek nem teve assim tanto trabalho.
A tendência do jogo manteve-se após o intervalo. O Sporting atacava, o Estoril encolhia-se, à espera. Aos 50’, João Pereira, desastrado a defender mas muito competente a atacar, conduz a bola pela direita, volta a colocar a bola em condições para haver golo, mas Ruiz atira por cima. Pouco depois, a bola vem do lado esquerdo na direcção de Slimani, mas Mano parece cortar a bola com o braço antes de chegar ao argelino.
Parece ter ficado um penálti por marcar, mas nem houve muito tempo para os “leões” reclamarem com o árbitro Jorge Ferreira porque, no minuto seguinte, acontece uma decisão polémica que decidiria o jogo. Teo Gutiérrez recebe a bola na área do Estoril e sofre uma falta indiscutível de Afonso Taira, mas o colombiano parecia estar fora-de-jogo quando recebeu a bola. A equipa de arbitragem só viu a falta de Taira e, na conversão do castigo, foi o próprio Gutiérrez, discreto em campo, a fazer o golo.
Desbloqueado o jogo, o Sporting podia ter seguido para uma vitória por outros números e teve oportunidades para isso, principalmente aos 57’, com Gelson a permitir a defesa de Kieszek, e aos 66’, com Jefferson a atirar ao lado depois de novo cruzamento de João Pereira. Os “leões” pareciam tranquilos a defender a magra vantagem, até porque o Estoril não estava tão seguro no jogo. Mas essa tranquilidade desapareceu nos últimos minutos, em que os visitantes estiveram bem perto do empate, através de um remate de Bruno César que passou perto do poste.
Foi sofrido até ao fim, mas o Sporting, menos vistoso e eficaz que nos últimos jogos, passou no primeiro teste de líder. O Estoril, mais uma vez, deixou boa impressão, mas saiu de Alvalade sem nada.
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Depois da moralizadora e autoritária vitória na Luz, o Sporting voltava a casa para defender a liderança isolada, algo a que não está muito habituado nos últimos anos, ao contrário de Jorge Jesus, campeão em três das últimas seis temporadas. Neste sábado, em Alvalade, os “leões” tiveram grandes dificuldades, mas acabaram por vencer, por 1-0, o Estoril-Praia, com um penálti polémico convertido por Gutiérrez, reforçando a liderança, com 23 pontos, mesmo que com mais um jogo que FC Porto e Benfica.
A última vez que o Sporting se tinha visto na frente sem ninguém ao lado tinha sido ainda no tempo de Leonardo Jardim, em que só conseguiu segurar esse estatuto por uma jornada. Desta vez, os lisboetas teriam a garantia que continuavam líderes porque o FC Porto decidiu não jogar na Madeira, mas, mesmo com um jogo a mais, olhar para a classificação e ver cinco pontos de diferença para os portistas seria sempre algo por que valia a pena lutar.
Em relação ao “onze” da Luz, algumas mudanças de pormenor, motivadas por uma lesão (Naldo por Ewerton) e por um castigo (Adrien por Gelson), mas com um balanço teoricamente mais ofensivo. A diferença aqui estava naquilo que o adversário estava disposto a arriscar e, nesse capítulo, o Estoril não foi o Benfica. Ou seja, de contenção e contra-ataque, até porque não tinha o seu homem-golo, Leo Bonatini. Esperar pelo erro adversário — e o Sporting comete alguns — e atacar no momento certo.
Tudo o que Jorge Jesus pudesse ter pensado para este jogo podia ter caído por terra logo nos primeiros dez minutos, em que os “canarinhos” foram, objectivamente, mais perigosos. Logo no primeiro minuto, Gerso avança pela esquerda, ultrapassa João Pereira e coloca a bola na frente de Dieguinho, mas o brasileiro atira ao lado. Aos 8’, Gerso volta a fazer o mesmo, só que desta vez é Rui Patrício a fazer uma enorme defesa ao cabeceamento do argentino Chaparro. A estas duas oportunidades, o Sporting apenas respondeu com uma semelhante, um cabeceamento por cima da trave de Slimani.
Aos 18’, um velho conhecido de Jorge Jesus ia “traindo” o seu antigo técnico. Bruno César, um antigo médio do Benfica que não era conhecido pela sua velocidade, consegue responder da melhor maneira a um lançamento longo do guarda-redes Kieszek e avança para a área “leonina”, com Rui Patrício a negar, mais uma vez, o golo aos estorilistas. Em termos de oportunidades de golo flagrantes na primeira parte, três para o Estoril, uma para o Sporting. Os “leões” tinham mais vagas de ataque e rondavam muito a baliza adversária, mas não rematavam com grande propósito e Kieszek nem teve assim tanto trabalho.
A tendência do jogo manteve-se após o intervalo. O Sporting atacava, o Estoril encolhia-se, à espera. Aos 50’, João Pereira, desastrado a defender mas muito competente a atacar, conduz a bola pela direita, volta a colocar a bola em condições para haver golo, mas Ruiz atira por cima. Pouco depois, a bola vem do lado esquerdo na direcção de Slimani, mas Mano parece cortar a bola com o braço antes de chegar ao argelino.
Parece ter ficado um penálti por marcar, mas nem houve muito tempo para os “leões” reclamarem com o árbitro Jorge Ferreira porque, no minuto seguinte, acontece uma decisão polémica que decidiria o jogo. Teo Gutiérrez recebe a bola na área do Estoril e sofre uma falta indiscutível de Afonso Taira, mas o colombiano parecia estar fora-de-jogo quando recebeu a bola. A equipa de arbitragem só viu a falta de Taira e, na conversão do castigo, foi o próprio Gutiérrez, discreto em campo, a fazer o golo.
Desbloqueado o jogo, o Sporting podia ter seguido para uma vitória por outros números e teve oportunidades para isso, principalmente aos 57’, com Gelson a permitir a defesa de Kieszek, e aos 66’, com Jefferson a atirar ao lado depois de novo cruzamento de João Pereira. Os “leões” pareciam tranquilos a defender a magra vantagem, até porque o Estoril não estava tão seguro no jogo. Mas essa tranquilidade desapareceu nos últimos minutos, em que os visitantes estiveram bem perto do empate, através de um remate de Bruno César que passou perto do poste.
Foi sofrido até ao fim, mas o Sporting, menos vistoso e eficaz que nos últimos jogos, passou no primeiro teste de líder. O Estoril, mais uma vez, deixou boa impressão, mas saiu de Alvalade sem nada.