Presidente não está arrependido de uma única linha do que disse

Cavaco Silva recusa ter agido por "interesse pessoal" e defende que durante todo o seu mandato sempre se guiará pelo que considera ser o "superior interesse nacional".

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Cavaco Silva durante o discurso em que indigitou Passos Coelho Pedro Nunes

O Presidente da República afirmou esta quarta-feira não estar arrependido "nem de uma única linha" do que disse sobre a nomeação do Governo, assegurando não ter qualquer interesse pessoal e apenas se guiar pelo superior interesse nacional.

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O Presidente da República afirmou esta quarta-feira não estar arrependido "nem de uma única linha" do que disse sobre a nomeação do Governo, assegurando não ter qualquer interesse pessoal e apenas se guiar pelo superior interesse nacional.

"Aquilo que havia a dizer sobre esse assunto já disse na intervenção que eu produzi, que foi muito clara, e não estou arrependido nem de uma única linha de tudo aquilo que eu disse", afirmou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas em Roma, onde participa esta tarde no X Encontro Cotec Europa.

Garantindo que não tem nem nunca teve qualquer interesse pessoal, Cavaco Silva assegurou que até ao último dia do seu mandato se guiará sempre pelo "superior interesse nacional". "Como sabem, nunca tive nem tenho qualquer interesse pessoal. Desde o primeiro dia do meu mandato até ao último dia do meu mandato guiar-me-ei sempre, sempre, sempre pelo superior interesse nacional", assegurou.

Recusando ter feito um discurso de "seita ou partidário", o Presidente da República reiterou que assumirá as suas responsabilidades, porque a sua única preocupação "é a defesa do superior interesse nacional, depois de estudar muito aprofundadamente todos os problemas".

Questionado sobre o que irá fazer, caso o Governo liderado por Pedro Passos Coelho seja chumbado no Parlamento — nesta quarta-feira ficou a saber-se que o programa do Governo será debatido na Assembleia a 9 e 10 de Novembro —, Cavaco Silva escusou-se a responder, argumentando que em Roma não fará qualquer comentário sobre a política portuguesa. O chefe de Estado escusou-se igualmente a falar sobre a composição do executivo que o primeiro-ministro indigitado levou na terça-feira ao Palácio de Belém, dizendo apenas que aceitou os nomes propostos e que na sexta-feira, quando der posse do novo Governo, fará uma nova intervenção.