Phil Collins cansou-se da reforma e está de volta à música

Músico britânico planeia uma digressão e, provavelmente, um novo disco.

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Músico de 64 anos termina reforma anunciada em 2011 Reuters

Anunciou a reforma em 2011, mostrando-se descontente com o rumo que a indústria musical tomava, mas afinal Phil Collins fez apenas uma pausa. Numa entrevista à Rolling Stone, o músico britânico revelou não estar “oficialmente reformado”. E para marcar o regresso há nova digressão e, provavelmente, novo disco.

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Anunciou a reforma em 2011, mostrando-se descontente com o rumo que a indústria musical tomava, mas afinal Phil Collins fez apenas uma pausa. Numa entrevista à Rolling Stone, o músico britânico revelou não estar “oficialmente reformado”. E para marcar o regresso há nova digressão e, provavelmente, novo disco.

A confirmar-se a edição de um novo disco, este será o primeiro trabalho de originais de Phil Collins em 13 anos. Desde Testify, que chegou às lojas em 2002, que o músico de 64 anos não editava um disco com novas canções. É verdade que em 2010 o britânico voltou aos tops musicais com Going Back mas este era um álbum de versões dos clássicos da editora Motown e não de inéditos.

Collins ainda compôs algumas canções para bandas-sonoras mas nunca chegou realmente a editar um novo trabalho. Em 2011, decidiu então pôr um ponto final na carreira. “Vejo os prémios da MTV e penso: não posso estar neste negócio. Não pertenço àquele mundo e não me parece que alguém vá ter saudades minhas”, dizia então numa entrevista à FHM, onde anunciava a sua despedida dos palcos também para poder passar mais tempo com os filhos.

É agora também pelos filhos que o músico, que começou como baterista Genesis e, mais tarde, vocalista em substituição de Peter Gabriel, decide voltar. “Os meus filhos têm agora 10 e 14 anos e quero que vejam o que o pai deles faz. Ainda usavam fraldas da última vez que andei em digressão”, diz o músico na entrevista publicada pela Rolling Stone nesta quarta-feira, contando que não quer só que os seus filhos gostem da sua música mas que a aproveitem, que se divirtam a ouvi-la ao vivo.

De lembrar que Collins não sobe aos palcos em nome próprio desde a edição de Testify. O músico fez a digressão de promoção deste disco, que chegou a Portugal em 2004, e só voltou aos palcos em 2007 para uma curto regresso dos Genesis, altura em que deslocou uma vértebra e teve problemas nos nervos da mão – que o impediram de continuar a tocar bateria.

Hoje Collins, diz estar ainda a recuperar de tudo isto. “Independentemente do que acontecer, eu posso tocar piano e cantar.” Sobre o que aí vem, tudo ainda é pouco certo. “Não acho que queira uma digressão muito longa”, conta o músico, estrela das décadas 1980 e 1990. Não ficam de fora, no entanto, concertos em estádios em lugares como a Austrália. “Mas há uma parte de mim que só quer fazer salas de concertos, veremos.”

Uma coisa é certa: “O cavalo saiu do estábulo e estou ansioso por isso”. O britânico, actualmente a viver em Miami, para onde se mudou para estar mais perto dos filhos, confidencia até que já começou a ensaiar alguma coisa.

O músico revela que foi a campanha Take A Look At Me Now, que passa por reeditar toda a sua discografia a solo, começando já em Novembro com Face Value (1981) e Both Sides (1993), que voltou a “despertar o bicho”. “Seria disparatado não fazer mais música.”

Também em mãos, o músico tem a sua auto-biografia, que deverá ser editada em 2016.

Para os que esperam com este regresso novidades sobre os Genesis, Phil Collins é vago. “Vamos começar com isto [a solo] primeiro. Eu adoro os rapazes. Mas prefiro agora fazer isto primeiro. Vamos ver como é que as coisas correm.”