PS de São João da Madeira não tem medo de eleições e também pede maioria

Os socialistas criticam a postura do PSD, a “indisponibilidade” e “incapacidade” do executivo social-democrata e alega que o PSD nunca aceitou os resultados das eleições

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São João da Madeira terá eleições intercalares Adriano Miranda

O presidente da Câmara de São João da Madeira, Ricardo Figueiredo, formaliza esta quarta-feira a renúncia ao mandato, juntamente com os elementos da sua lista. O autarca do PSD tem acusado a oposição de “bloqueios sucessivos e constantes”, anunciou a sua recandidatura e pediu maioria para governar. Um dia depois da comunicação à cidade, o PS são-joanense reage num comunicado. Acusa Ricardo Figueiredo de fugir às suas responsabilidades, garante que está preparado para as eleições intercalares e para governar o município.

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O presidente da Câmara de São João da Madeira, Ricardo Figueiredo, formaliza esta quarta-feira a renúncia ao mandato, juntamente com os elementos da sua lista. O autarca do PSD tem acusado a oposição de “bloqueios sucessivos e constantes”, anunciou a sua recandidatura e pediu maioria para governar. Um dia depois da comunicação à cidade, o PS são-joanense reage num comunicado. Acusa Ricardo Figueiredo de fugir às suas responsabilidades, garante que está preparado para as eleições intercalares e para governar o município.

O PS diz que não tem receio de eleições e que assumirá as suas responsabilidades. “O PS está pronto para o combate e para governar a cidade se essa for a vontade dos sanjoanenses, nas condições que os sanjoanenses decidirem”, sustenta no comunicado. Os socialistas criticam a postura do PSD, a “indisponibilidade” e “incapacidade” do executivo social-democrata, e alega que o PSD nunca aceitou os resultados das eleições autárquicas - ficando o executivo com três elementos do PSD, mais três do PS e um vereador independente.

“O presidente que agora foge da governação da cidade nunca quis construir os consensos necessários a uma gestão de envolvência das várias forças políticas”, acusa, sublinhando que Ricardo Figueiredo “se quisesse, soubesse e tivesse tempo para isso, teria todas as condições para governar a cidade, mesmo num quadro de graves constrangimentos financeiros da autarquia”. “A indisponibilidade do presidente da câmara para o exercício das suas funções em regime de exclusividade conduziram-nos a esta situação”, acrescenta. O PS reserva uma posição mais detalhada para uma conferência de imprensa a realizar esta quarta-feira na sua sede, pelas 18h, depois da reunião de câmara extraordinária que tem como único ponto de agenda a renúncia ao mandato dos eleitos do PSD.

O Movimento Independente São João da Madeira Sempre, que tem um vereador eleito, também emitiu um comunicado, no qual refere que a renúncia ao mandato “só tem a ver com a incapacidade do presidente em cumprir com o pagamento dos empréstimos de curto prazo contratados, por sua proposta, no presente ano, e cujo limite de pagamento termina a 31 de Dezembro”. "O presidente não os vai conseguir pagar e, segundo a lei, o não pagamento dos empréstimos de curto prazo da câmara municipal no próprio ano (1,5 milhões, neste caso concreto) implica a perda de mandato”, refere. O movimento acusa igualmente Ricardo Figueiredo de fugir às suas responsabilidades e de pretender “esconder que, a três dias do prazo legal (31 de Outubro) para a aprovação do Plano de Actividades e Orçamento de 2016 em reunião de câmara municipal, ainda não apresentou sequer uma proposta de tais documentos ao executivo municipal”.