Delta lança cevada em cápsulas para captar novos consumidores

Marca Delta Q prevê crescimento de 23% na facturação para 2015 com a diversificação de produtos. Maior fatia do negócio é feita em Portugal.

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O administrador Rui Miguel Nabeiro explica que, para continuara a crescer, a marca deve diversificar os produtos. Nuno Ferreira Santos

Lançada há oito anos, a Delta Q quer continuar a trajectória de crescimento que a companhia prevê que seja de dois dígitos em 2015. Depois da abertura de lojas, lançamento de máquinas, de cafés, de tisanas e da internacionalização, o foco da marca é continuar a diversificar o produto para alcançar novos consumidores e aumentar a facturação.

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Lançada há oito anos, a Delta Q quer continuar a trajectória de crescimento que a companhia prevê que seja de dois dígitos em 2015. Depois da abertura de lojas, lançamento de máquinas, de cafés, de tisanas e da internacionalização, o foco da marca é continuar a diversificar o produto para alcançar novos consumidores e aumentar a facturação.

À margem da apresentação de novos produtos, o administrador da Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro, disse aos jornalistas que a previsão de crescimento da facturação da Delta Q para este ano é de cerca de 23%, para 70 milhões de euros. Em 2014, a marca do grupo de Campo Maior que tem o negócio das cápsulas facturou 57 milhões de euros, sendo que o mercado nacional representa grande parte dessa fatia.

Para contribuir para o aumento de facturação, a estratégia passa pela diversificação de produto. Rui Miguel Nabeiro explica que, para crescer, o grupo precisa de “continuar a inovar”, ou seja, “buscar mais consumidores para dentro da categoria", e proporcionar mais "momentos de consumo” através das máquinas da empresa. O objectivo é aproximar consumidores diferentes de produtos diferentes dentro da mesma marca.

Depois das tisanas, o lançamento de uma cápsula de cevada condiz com essa estratégia de aumentar o público-alvo dos produtos da marca. Se numa fase inicial os produtos para máquinas de café em cápsulas eram associados a zonas mais urbanas, o administrador diz que isso já não se verifica e que a dispersão geográfica é já “muito grande”.

Nabeiro afirma também que “numa era em que toda a gente se preocupa com a saúde e com produtos naturais”, a comercialização de uma cápsula de cevada, que não contém cafeína, “é um piscar de olho a essa tendência". Todo o cereal utilizado na produção das cápsulas é adquirido no mercado nacional, acrescenta.

De acordo com números avançados pela empresa, a Delta Q detém uma quota de mercado de 37% das máquinas de cápsulas vendidas em Portugal e 35% da quota de mercado de cápsulas, afirmando-se líder nos dois produtos, num mercado que disputa com a Nespresso, da multinacional Nestlé. No segmento horeca (hotelaria, restauração e cafés), a quota é de 40%, “dando sinais de estar a crescer”.

Na Delta, esta marca tem um peso de 25% na totalidade do negócio em território nacional. No início do mês, o Grupo Nabeiro, dono da empresa de cafés com presença em 40 países, apontava para um crescimento de 5% em 2015, esperando atingir uma facturação de 340 milhões de euros, contra os 323 milhões registados em 2014.

Também nesta terça-feira, a empresa fundada por Rui Nabeiro apresentou uma plataforma digital que permite aos consumidores criarem a composição das cápsulas e personalizá-las, com vista à época natalícia.