Causa Real quer "conversa serena" sobre a melhor forma da Chefia do Estado
Novo presidente, António de Souza-Cardoso, defende que uma instituição "independente e supratidária" como o rei seria preferível à Presidência da República.
António de Souza-Cardoso, por 18 anos director da Associação Nacional de Jovens Empresários, é o novo presidente da Causa Real, encabeçando uma lista com personalidades como Paulo Teixeira Pinto, Miguel Esteves Cardoso ou Augusto Ferreira do Amaral.
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António de Souza-Cardoso, por 18 anos director da Associação Nacional de Jovens Empresários, é o novo presidente da Causa Real, encabeçando uma lista com personalidades como Paulo Teixeira Pinto, Miguel Esteves Cardoso ou Augusto Ferreira do Amaral.
"Independentemente da eventual bondade da decisão do actual Presidente da República sobre a indigitação do novo primeiro-ministro, o estigma de escolher em 'causa própria' não existiria se a Chefia de Estado fosse independente e suprapartidária", lê-se numa nota de imprensa da Causa Real a propósito da nova liderança.
Na moção de estratégia sob o lema "Unir para Construir", António de Souza-Cardoso - que regressa à liderança da Causa Real sucedendo a Luís Lavradio - defende que "Portugal, qualquer que seja o regime, beneficia muito com a valorização da Instituição Real e com o papel que pode assumir o Rei dos Portugueses como referencial histórico, moral e cultural da Nação".
Assim seria dado "um contributo inestimável, num contexto de globalização generalizada, não só para a afirmação económica e social no contexto internacional, como ainda um elemento de agregação e de identidade do povo português", lê-se ainda no comunicado.
Assinalando que os portugueses "nunca sufragaram a República e não se devem sentir republicanos apenas por terem nascido em República", o novo presidente da Causa Real avança um exemplo pessoal.
"Eu, se me identificasse com o modo de governo da altura em que nasci -- a segunda República, tinha que me considerar fiel à chamada ditadura salazarista", refere Souza-Cardoso.
"O que pretendemos é uma conversa serena, com as forças políticas, económicas, sociais, sobre a forma de Chefia de Estado que melhor se adequa à história e à democracia portuguesa. Sem tirar os olhos de que não é por acaso que as democracias com maiores índices de desenvolvimento e bem-estar na Europa e no Mundo são monarquias e que as ditaduras mais severas e violadoras dos direitos humanos fundamentais são repúblicas", acrescenta.
António de Souza-Cardoso, 52 anos, é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, foi director-geral da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) durante 18 anos e esteve na origem da concepção e implementação do evento de moda "Portugal Fashion".
Actualmente, preside ao Conselho de Administração da Hop Consulting, é sócio e administrador de diversas empresas industriais e de serviços, e preside ao Conselho de Administração da Direção Nacional da AGAVI -- Associação para a Promoção e Apoio da Gastronomia, Vinhos, Produtos Regionais e Biodiversidade, associação que realiza ações de promoção de produtos nacionais no país e no estrangeiro.