A festa dos 15 anos de Barreiro Rocks faz-se em Dezembro

O festival que celebra o rock'n'roll enquanto festa popular celebra década e meia de vida de 4 a 6 de Dezembro. No alinhamento encontramos The Routes, The Baron 4, Parkinsons, d3ö ou Cave Story.

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Quinze anos contados desde o início permitem alcançar o estatuto de instituição? Quem não conhece o acontecimento de que falamos pedirá para reflectir por alguns minutos antes de responder. Quem conhece não terá dúvidas. “O Barreiro Rocks? Claro que é uma instituição” - e das melhores, ou seja, sem o peso protocolar, formal, que a designação normalmente implica. Afinal, este é um festival do rock’n’roll como festa popular, e é um acontecimento com centro no pavilhão do sempre acolhedor Grupo Desportivo Ferroviários, mas que se espalha pelo Barreiro (e além dele).

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Quinze anos contados desde o início permitem alcançar o estatuto de instituição? Quem não conhece o acontecimento de que falamos pedirá para reflectir por alguns minutos antes de responder. Quem conhece não terá dúvidas. “O Barreiro Rocks? Claro que é uma instituição” - e das melhores, ou seja, sem o peso protocolar, formal, que a designação normalmente implica. Afinal, este é um festival do rock’n’roll como festa popular, e é um acontecimento com centro no pavilhão do sempre acolhedor Grupo Desportivo Ferroviários, mas que se espalha pelo Barreiro (e além dele).

A edição comemorativa deste ano, de 4 a 6 de Dezembro, mostra-o muito bem. Existem as bandas, claro. Nesta edição, o festival acolhe vultos do rock’n’roll das margens como os ingleses The Baron 4 (nascidos das cinzas dos Thee Vicars, presentes no Barreiro em 2010), os japoneses The Routes, liderados pelo inglês radicado no Japão Christopher Jack, os The Jay Vons, combo soul americano que sucedeu aos óptimos The Reigning Sound, os sempre infalíveis d3ö (porque, mesmo quando falha, o trio de Coimbra fá-lo gloriosamente) e os excessivos e insaciáveis Parkinsons, responsáveis pela lotação esgotada que o festival viveu na edição de 2002. Mas há mais.

O Barreiro Rocks, recordemos, é essa instituição que ao longo da sua história trouxe a Portugal importantes nomes de culto como Andre Williams, Billy Childish ou Speedball Baby e que convocou Ty Segall ou Black Lips quando estes eram ainda um segredo bem guardado. E, agora, teve direito a preservação para memória futura do seu legado. Apresente-se então Barreiro Rocks – Documentário. O título explica tudo e a realização é de Eduardo Morais (Meio Metro de Pedra, Uivo). Será apresentado na Baía do Tejo três semanas antes do início do festival, a 14 de Novembro, no mesmo dia em que inaugura na A.D.A.O – Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios a exposição de fotografia Barreiro Rocks 2000-2015. São duas das iniciativas criadas pela organização, a associação Hey Pachuco! (com o apoio da Câmara Municipal do Barreiro), em antecipação dos três dias de festival em Dezembro.

Para além da estreia do documentário, será organizada, em parceria com a Groovie Records, uma Feira dos Discos de Vinil de Lisboa (28 de Novembro, na Feira das Almas), e haverá festas/concertos de apresentação do festival no Porto, Loulé, Rio Maior e Lisboa, com datas e alinhamento a anunciar brevemente. E, depois, a festa.

Sempre atento à divulgação do melhor que fervilha no underground faça-você-mesmo e ao que é o pulsar contemporâneo rock’n’roll e seus afluentes, o Barreiro Rocks convoca os óptimos Cave Story, trio das Caldas da Rainha que vem ganhando espaço no cenário nacional como, mais que uma promessa, uma certeza, os portuenses Sunflowers, autores de punk’n’roll próximo de uma injecção de adrenalina, ou os Mighty Sands, anteriormente conhecidos como The Black Jews, e que são banda lisboeta de garage-rock decorado com atraente colorido psicadélico.

Os organizadores juntam-lhes um homem da casa, o blues-rocker de voz tonitruante Fast Eddie Nelson, e novas esperanças locais como os Conan Castro & The Moonshine Piñatas ou os Postcards From Wonderland. Convocam “hermanos” vindos do outro lado da fronteira, como os inevitáveis Los Chicos, participantes em várias edições do festival, os The Government ou os Fabuloso Combo Espectro, e dizem-nos para prestar atenção ao duo Tiger Picnic, inventores do “catano blues”, e aos The Brooms. Sem esquecer os mexicanos mais barreirenses de sempre (ou vice-versa, que a origem dos Los Santeros é incerta), os novíssimos Vaiapraia & As Rainhas do Baile, Clementine e Calcutá, e o DJ set de DJ Shimmy, nova-iorquino em tempos habitante do Barreiro que é coleccionador ávido de todo o garage-rock e psicadelismo associados, junta-se tudo e preparamo-nos para, em Dezembro, celebrar os 15 anos de Barreiro Rocks entre o Ferroviários (dias 4 e 5) e os palcos montados na Escola Conde Ferreira e na A.D.A.O. (dia 6).

Tudo isto disponível a 30 euros (passe geral), 15 euros (dia 4), 20 euros (dia 5) ou 10 euros (dia 6).