PAN diz que Cavaco deve escolher quem der garantias de estabilidade a quatro anos

Terminaram as audiências dos partidos com assento parlamentar com o Presidente da República.

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Daniel Rocha

E na última audiência do Presidente da República, algo completamente diferente das restantes seis: o PAN – Pessoas - Animais - Natureza foi dizer a Cavaco Silva que deve escolher quem entender que tenha mais condições para dar estabilidade ao país. Depois, conforme o cenário, o PAN decidirá sobre uma eventual moção de rejeição do programa de Governo.

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E na última audiência do Presidente da República, algo completamente diferente das restantes seis: o PAN – Pessoas - Animais - Natureza foi dizer a Cavaco Silva que deve escolher quem entender que tenha mais condições para dar estabilidade ao país. Depois, conforme o cenário, o PAN decidirá sobre uma eventual moção de rejeição do programa de Governo.

André Silva, porta-voz do PAN e o novo deputado do partido, defendeu ser “fundamental que se consiga um Governo com estabilidade parlamentar de quatro anos”, e recusou identificar quem, na sua opinião, deve formar Governo, argumentando que apenas o Chefe de Estado está em condições de decidir.

“Com os dados que [o Presidente] tem das reuniões que teve com todas as forças políticas, que tome [a decisão] e diligencie a indigitação do líder político que entenda que tem mais condições para oferecer estabilidade governativa ao país nos próximos quatro anos para resolver os problemas reais dos portugueses”, afirmou André Silva aos jornalistas à saída do encontro no Palácio de Belém.

“O PAN não está na posse de tudo aquilo que têm sido as reuniões e os supostos acordos que estão a ser feitos para um Governo”, afirmou André Silva numa referência às negociações entre socialistas, comunistas e bloquistas. Por isso “não tem condições para se pronunciar acerca daquilo que será neste momento a solução mais estável. Isso compete ao Presidente da República. E depois caberá aos 230 deputados darem seguimento a essa decisão.”

Questionado sobre a posição do PAN acerca da eventual apresentação de uma moção de rejeição de um programa de Governo PSD/CDS na Assembleia da República, André Silva foi peremptório: “Não excluímos nenhuma alternativa.”

Mas o sentido desse voto vai depender de muita coisa, advertiu o deputado que se irá sentar ao centro do plenário. “Vai depender do primeiro-ministro que for indigitado, do programa de Governo a ser apresentado, da moção de rejeição, de quem apresenta a moção de rejeição, que alternativa é que apresenta.”

Dar uma resposta neste momento “é especular acerca de uma decisão. Com dados concretos e factos concretos o PAN pronunciar-se-á no seu devido tempo”, prometeu André Silva. O partido, acrescentou, “está disponível para dialogar e conversar com todas as forças políticas para contribuir para a estabilidade governativa”.