Portugueses aplicaram 156 milhões de euros em certificados do Estado em Setembro
Subscrições líquidas dos Certificados de Aforro ficaram-se por cinco milhões de euros.
As famílias portuguesas aplicaram 156 milhões de euros em certificados do Estado em Setembro, menos 8,3% do que os 169 milhões de euros aplicados em Agosto, e quase exclusivamente nos Certificados do Tesouro, os que garantem maior rentabilidade.
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As famílias portuguesas aplicaram 156 milhões de euros em certificados do Estado em Setembro, menos 8,3% do que os 169 milhões de euros aplicados em Agosto, e quase exclusivamente nos Certificados do Tesouro, os que garantem maior rentabilidade.
O Boletim Estatístico do Banco de Portugal, publicado esta terça-feira, revela que as subscrições em Certificados do Tesouro Poupança Mais, que actualmente oferecem uma taxa de juro substancialmente mais alta, atraíram 151 milhões de euros. Em Agosto, um dos meses de distribuição de subsídio de férias, o valor ascendeu a 164 milhões de euros.
O valor de subscrições é substancialmente superior, mas tem sido anulado por um ritmo elevado de resgates. Estes valores serão divulgados pelo IGCP, a agência que gere a dívida pública, no boletim de Setembro.
Com uma rentabilidade actual de 2,25% brutos, muito abaixo dos 5% antes do corte de taxas aplicado em Fevereiro, o saldo acumulado dos Certificados do Tesouro ascende a 7379 milhões de euros.
Nos Certificados de Aforro, a variação líquida do saldo ficou-se por 10 milhões de euros, incluindo 4136 milhões de capitalizações (juros e prémios de permanência). Sem essa capitalização, as novas subscrições ficam-se por cinco milhões de euros, o mesmo valor que em Julho e Agosto.
O saldo acumulado dos Certificados de Aforro ascende a 12.747 milhões de euros, o que se justifica pela sua longevidade (os Certificados do Tesouro são bem mais recentes). Este produto oferece uma taxa de juro mais baixa, influenciada pela queda da Euribor, a que estão associados, já está abaixo de 1% (contra 3% antes da alteração feita no início do ano).
Apesar da quebra de remuneração dos produtos do Estado, os juros oferecidos pelos depósitos bancários continuam muito baixos, sem concorrência face aos produtos de dívida pública em termos de retorno da poupança aplicada. Ainda assim, os portugueses têm depositadas nas contas à ordem um montante recorde.