No Parque da cidade do Porto, dois falcões peneireiros regressaram à natureza
Depois de meses de recuperação no Parque Biológico de Gaia, dois falcões peneireiros foram esta sexta-feira restituídos à natureza, no Parque da Cidade do Porto. O momento foi acompanhado por cerca de 80 crianças.
Ninguém adivinharia, logo pela manhã, olhando um céu carregado de nuvens, que o dia se iria revelar radioso. Mas em cima da hora de almoço, o sol finalmente surgiu. Foi neste cenário quase veranil que dois falcões peneireiros foram nesta sexta-feira libertados no Parque da Cidade do Porto, depois de terem sido recuperados pelo Centro de Recuperação do Parque Biológico de Gaia ao longo de 5cinco meses. São aves de rapina diurnas, comuns no território português e têm a particularidade de “conseguir parar no voo, batendo a ponta das asas. Fazem uma espécie de peneira” e, por isso, “são facilmente reconhecidas”, explica ao PÚBLICO Sofia Loio, veterinária no Centro de Recuperação do Parque Biológico de Gaia.
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Ninguém adivinharia, logo pela manhã, olhando um céu carregado de nuvens, que o dia se iria revelar radioso. Mas em cima da hora de almoço, o sol finalmente surgiu. Foi neste cenário quase veranil que dois falcões peneireiros foram nesta sexta-feira libertados no Parque da Cidade do Porto, depois de terem sido recuperados pelo Centro de Recuperação do Parque Biológico de Gaia ao longo de 5cinco meses. São aves de rapina diurnas, comuns no território português e têm a particularidade de “conseguir parar no voo, batendo a ponta das asas. Fazem uma espécie de peneira” e, por isso, “são facilmente reconhecidas”, explica ao PÚBLICO Sofia Loio, veterinária no Centro de Recuperação do Parque Biológico de Gaia.
A libertação das aves serviu também para comemorar os 30 anos do Parque Biológico de Gaia e foi acompanhada por alunos de duas turmas do 2.º e do 3.º ano de duas escolas do Porto. Momentos antes da libertação, todos eles tiveram oportunidade para esclarecer algumas dúvidas e ver de bem perto os dois falcões.
O centro de recuperação do Parque Biológico de Gaia costuma receber este tipo de aves. Quando lá chegam e necessitam de tratamento, é-lhes feita uma avaliação clínica, são alimentadas e, em alguns casos, são também “ensinadas a voar”, explica Sara Loio. Normalmente chegam em condições “algo debilitadas” porque ficam “algumas horas fora do ninho”, explica a veterinária, acrescentando também que os dois falcões agora devolvidos à natureza foram entregues no centro de recuperação por particulares. "Eram falcões juvenis, caídos do ninho e foram recolhidos por pessoas que os trouxeram até nós”, acrescenta. A equipa que trabalha no centro aconselha a que todos os que encontrem crias de aves perdidas, tentem primeiro procurar os pais antes de as entregar no centro de recuperação.
“É um momento único”, disse aos jornalistas a vereadora do Ambiente de Gaia, Mercês Ferreira, depois de ter libertado um dos falcões. O seu homólogo da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo, também lançou uma destas aves e não escondeu o entusiasmo: “É uma experiência única. É a primeira vez que tenho esta experiência, a de ter um falcão nas mãos, e a possibilidade de o libertar na natureza é de facto interessante”, disse aos jornalistas.
Também os mais novos não conseguiram ficar indiferentes. No final, todos acharam que foi “muito giro”. Para alguns, era a primeira vez que assistiam a uma experiência deste género, à excepção do António, que “já tinha visto uma coisa parecida no Algarve”.
Esta é uma das várias restituições de aves à natureza que o Centro de Recuperação do Parque Biológico de Gaia vai fazer no âmbito das comemorações dos seus 30 anos de existência. Nesta sexta-feira à noite, houve a mesma iniciativa em Valongo e durante a próxima semana a restituição de aves vai acontecer na Maia.
Texto editado por Ana Fernandes