Rede de 1400 bicicletas partilhadas em Lisboa vai receber 28 milhões de euros
Segundo a EMEL, “esta rede vai permitir um acesso generalizado da população a bicicletas urbanas, de uso livre, mediante um pagamento diário, mensal ou anual”.
A EMEL (Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) anunciou esta quinta-feira que vai investir, num período de nove anos, 28,9 milhões de euros numa rede de 1400 bicicletas partilhadas. As bicicletas estarão distribuídas por 140 locais da cidade de Lisboa, que servirão como pontos de recolha, e a rede entrará em funcionamento em 2016. Segundo o website da EMEL, a empresa pretende, “à semelhança de outras capitais europeias e de inúmeras cidades mundiais, apostar numa rede de bicicletas urbanas de uso partilhado, complementar ao transporte público”, o que aumenta a possibilidade de escolha de movimentação dos cidadãos mas também traz benefícios para o meio ambiente.
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A EMEL (Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) anunciou esta quinta-feira que vai investir, num período de nove anos, 28,9 milhões de euros numa rede de 1400 bicicletas partilhadas. As bicicletas estarão distribuídas por 140 locais da cidade de Lisboa, que servirão como pontos de recolha, e a rede entrará em funcionamento em 2016. Segundo o website da EMEL, a empresa pretende, “à semelhança de outras capitais europeias e de inúmeras cidades mundiais, apostar numa rede de bicicletas urbanas de uso partilhado, complementar ao transporte público”, o que aumenta a possibilidade de escolha de movimentação dos cidadãos mas também traz benefícios para o meio ambiente.
Para o efeito, a EMEL lançou um concurso público, decorrente até 19 de Novembro, para a “aquisição, implementação e operação do Sistema de Bicicletas Públicas Partilhadas (SBPP) na cidade de Lisboa”. Segundo informação publicada em Diário da República, o processo tem um valor base de 28.904.000 euros e um prazo contratual de 108 meses (nove anos). Este concurso permitirá “identificar e contratar a empresa que vai fornecer e instalar toda a parte física do sistema, nomeadamente as 1400 bicicletas e as 140 estações, incluindo a sua manutenção e logística operacional ao longo de 9 anos”, segundo o comunicado de imprensa publicado no website da EMEL. Em declarações à Lusa, uma fonte da EMEL refere que “o custo final para a empresa será sempre inferior ao investimento” que é feita, já que se esperam receitas “ao nível da utilização e da publicidade”.
Os critérios de adjudicação centram-se na “proposta economicamente mais vantajosa” – de acordo com o anúncio do concurso público –, daí que o preço valha 50% no coeficiente de ponderação. A “experiência de utilização da bicicleta” vale 30%, as “componentes funcionais da bicicleta” 10% e a imagem do sistema das bicicletas partilhadas vale igualmente 10%. A EMEL assegura, em conjunto com a Câmara, o planeamento da rede e tarifário do sistema, a sua evolução ao longo do tempo e a integração no sistema de mobilidade da cidade, aliada a outras soluções tecnológicas.
Uma verba de cerca de dois milhões de euros está inscrita no Plano de Actividades e Orçamento 2015 da EMEL, aprovado em maio deste ano pelo executivo municipal, para o estudo e desenvolvimento desta rede de bicicletas. No plano de 2016, que será discutido na reunião camarária da próxima quarta-feira, um dos objectivos operacionais é a implementação do sistema de ‘bike sharing’, o que implica a alocação de 2,4 milhões de euros.
A EMEL, cuja principal missão é a resolução do problema de estacionamento de Lisboa, projecta para 2016 um volume de resultados líquidos de 206 mil euros, prevê uma receita das vendas e prestações de serviços na ordem dos 32 milhões de euros e antecipa gastar com pessoal e serviços externos mais de 28 milhões de euros. Com um passivo de 53,6 milhões de euros, a empresa espera também arrecadar com a sua operação cerca de 40 milhões de euros, sendo que mais de metade é obtida através dos parquímetros (23,8 milhões de euros).