Dívida pública aumentou para 229,1 mil milhões de euros em Agosto
Banco de Portugal reviu valores anteriores. No segundo trimestre, a dívida ascendia a 128,7% do PIB.
Os números foram actualizados tendo em conta os valores incluídos no Procedimento dos Défices Excessivos (a informação enviada a Bruxelas pelas autoridades nacionais com a compilação do défice e da dívida). No entanto, o rácio da dívida medido em percentagem do PIB relativo a 2014 (130,2%) não sofreu alterações, “devido à revisão do PIB no mesmo sentido”. O mesmo aconteceu em relação ao valor da dívida no segundo trimestre deste ano, que ascendia a 227.079 milhões de euros e representava 128,7% do PIB.
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Os números foram actualizados tendo em conta os valores incluídos no Procedimento dos Défices Excessivos (a informação enviada a Bruxelas pelas autoridades nacionais com a compilação do défice e da dívida). No entanto, o rácio da dívida medido em percentagem do PIB relativo a 2014 (130,2%) não sofreu alterações, “devido à revisão do PIB no mesmo sentido”. O mesmo aconteceu em relação ao valor da dívida no segundo trimestre deste ano, que ascendia a 227.079 milhões de euros e representava 128,7% do PIB.
Como o Banco de Portugal publica o valor da dívida pública todos os meses, mas o rácio em percentagem do PIB só é actualizado trimestralmente, apenas quando forem divulgados os valores relativos a Setembro se medirá com exactidão o impacto da evolução ascendente da dívida em termos nominais. Depois de atingir 132% do PIB em Setembro do ano passado, a dívida caiu para 130% nos dois trimestres seguintes, baixando de novo para 128,7%.
Em termos nominais, o Banco de Portugal adianta que os 229,1 mil milhões de euros de dívida pública registados em Agosto representam um aumento de 3300 milhões de euros face ao final do ano passado (a previsão do Governo para este ano é de 124%).
O crescimento “reflecte emissões líquidas de títulos (7400 milhões de euros), o aumento das responsabilidades por depósitos (3300 milhões de euros), nomeadamente em certificados de aforro e do tesouro (2800 milhões de euros) e, em sentido contrário, uma redução de empréstimos (-7400 milhões de euros) por via da amortização antecipada de empréstimos do Fundo Monetário Internacional (8400 milhões de euros)”, explica o supervisor bancário liderado por Carlos Costa.
O aumento, vinca o banco central, foi “acompanhado por uma redução de depósitos da administração central (-1200 milhões de euros), tendo a dívida líquida de depósitos da administração central ficado em 212,7 mil milhões de euros no final de Agosto de 2015, o que representa um aumento de 4500 milhões euros face ao final de 2014”.
As revisões em alta dos valores da dívida reflectem a inclusão de valores associados às contrapartidas recebidas “no âmbito de derivados financeiros para cobertura de risco de taxa de juro e cambial” geridos pelas administrações públicas.