Algumas promessas para um mundo melhor já foram feitas na ONU

Cimeira do Desenvolvimento Sustentável termina esta domingo em Nova Iorque.

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Milhões da China

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Milhões da China

O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou a criação de um fundo de ajuda ao desenvolvimento de dois mil milhões de dólares, destinado aos países mais pobres do planeta.

Queremos “colocar a justiça à frente dos interesses particulares”, disse Xi. Com uma economia virada para exportação de produtos de manufacturas, é nos países em vias de desenvolvimento do Sul do planeta que a China mais lucra, sendo actualmente o principal parceiro comercial dos países africanos e também da América Latina.  

Pequim é alvo frequente de críticas de por não fazer mais em matéria de ajuda ao desenvolvimento, e o valor agora anunciado fica muito aquém das contribuições de países como os EUA (30 mil milhões em 2013), Reino Unido, França, Alemanha ou Japão (todos contribuíram com mais de 11 mil milhões de dólares em ajudas ao desenvolvimento nesse mesmo ano), segundo a OCDE.

Internet para todos

O patrão do Facebook, Mark Zuckerberg, e o fundador da Microsoft, Bill Gates, prometeram colocar os seus recursos ao serviço de um objectivo que lhe é muito caro: desenvolver um acesso universal à Internet até 2020.

A ONU estima que metade do planeta não tem um acesso fiável à Internet, nomeadamente as mulheres e as raparigas, cuja educação é vital na óptica do desenvolvimento.

“Quando as pessoas tem acesso às ferramentas e ao conhecimento da Internet, elas tem acesso a meios de tornar a vida melhor para todos”, lê-se na declaração assinada por Zuckerberg, Bill e Melinda Gates. “A Internet pertence a todo o mundo e devia ser acessível a todo o mundo.”

Na sua página do Facebook, Mark Zuckerberg escreveu que em cada dez pessoas ligadas à Internet, uma consegue sair da pobreza.

Acabar com as mortes evitáveis

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou ter recebido a promessa de contribuições no valor total de mais de 25 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos para acabar com as mortes evitáveis das mães, crianças e adolescentes até 2030.

Estas promessas de contribuição foram conseguidas no quadro da iniciativa “Estratégia mundial para a saúde da mulher, da criança e do adolescente”, lançada oficialmente em Nova Iorque este fim-de-semana.

“Quando a vida das mulheres e das crianças melhora, a vida melhora sob todos os pontos de vista”, declarou Bill Gates a propósito desta iniciativa. “Uma melhor saúde leva a uma melhor educação e a melhores perspectivas económicas, o que permite uma maior prosperidade.”

Entre as promessas de contribuições anunciadas na ONU, está a dos EUA (3,3 mil milhões de dólares), do Canadá (2,6 mil milhões de dólares), a Suécia (2,5 mil milhões de dólares), a Alemanha (1,3 mil milhões de dólares), a Noruega (420 milhões), a Holanda (326 milhões) e a Coreia do Sul (300 milhões)

O clima de Dilma
O Brasil anunciou que tenciona reduzir em 37% as emissões de gases com efeito de estufa até 2025 e em 43%  em 2030, em relação aos níveis de 2005.

A Presidente Dilma Roussef considerou que os novos objectivos da ONU para o desenvolvimento sustentável representam uma “oportunidade única” para elaborar uma “resposta comum” ao desafio climático.

Sublinhando a riquíssima mistura de fontes de energia do Brasil, Rousseff comprometeu-se a travar o desmatamento da Amazónia, a melhorar a produção agrícola, a diversificar as fontes de energias renováveis do país e a desenvolver novas formas de produção menos poluentes.

No seu 70º aniversário, ONU lança roteiro para o mundo perfeito