Volkswagen promete solução para eliminar manipulação das emissões

Berlim pede para o grupo alemão recuperar a confiança e a credibilidade.

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Matthias Müller, o novo presidente executivo da Volkswagen FABIAN BIMMER/Reuters

Um porta-voz da empresa, que atravessa o pior escândalo da sua história, disse em Wolfsburgo, sede do grupo Volkswagen, que a adopção das medidas nada custará aos proprietários dos automóveis afectados. "Os custos são enormes mas é totalmente compreensível que não serão os clientes a assumi-los", enfatizou o porta-voz do grupo Volkswagen.

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Um porta-voz da empresa, que atravessa o pior escândalo da sua história, disse em Wolfsburgo, sede do grupo Volkswagen, que a adopção das medidas nada custará aos proprietários dos automóveis afectados. "Os custos são enormes mas é totalmente compreensível que não serão os clientes a assumi-los", enfatizou o porta-voz do grupo Volkswagen.

Nas próximas semanas o maior fabricante de veículos do mundo estará pronto para estabelecer um calendário para incorporar a solução nos 11 milhões de veículos em que se identificou como portadores do software que manipula as emissões de gases poluentes.

A empresa considera que a partir da próxima semana os concessionários serão capazes de comunicar aos clientes as datas concretas para a revisão. A Volkswagen está em contacto com as autoridades de todos os países onde se venderam veículos manipulados, acrescentou o porta-voz.

O Governo alemão pediu ao grupo para trabalhar para recuperar a "confiança e a credibilidade". O ministro da Presidência, o cristão-democrata Pater Altmaier, diz numa entrevista ao diário Tagesspiegel am Sonntag que a Volkswagen deve trabalhar para sanar os danos na sua imagem.

"O objectivo primordial deve ser recuperar a confiança e a credibilidade. Esta situação não afectou só a própria empresa, os seus trabalhadores e os seus clientes, mas também toda a indústria alemã", disse Pater Altmaier.

O Governo alemão revelou que a Volkswagen falseou os resultados de testes de 2,8 milhões de veículos na Alemanha, um número muito superior ao que foi descoberto nos EUA.

O grupo anunciou esta semana uma mudança da sua estrutura internacional e confirmou que Matthias Müller, até aqui CEO da Porsche, é o novo presidente executivo, sucedendo a Martin Winterkorn, que se demitiu na sequência do escândalo das emissões de gases poluentes.