Fitch mantém rating de Portugal em “lixo”
Nota da agência de notação fica em BB+, com perspectiva positiva.
As três maiores agências de rating internacionais continuam, assim, a manter Portugal num nível considerado de "lixo", sendo que a Fitch é a que tem dado a notação mais alta. Se passar do actual BB+ para BBB-, Portugal regressará para o nível de investimento.
Apesar de manter a nota, a Fitch destaca que o défice orçamental deverá ficar “ligeiramente abaixo dos 3%” do PIB, indo ao encontro do que tem sido defendido pelo Governo, o que, a acontecer, permitirá ao país sair do Procedimento de Défices Excessivos.
No entanto, a Fitch é mais crítica em relação ao défice estrutural (que exclui operações extraordinárias e o impacto do ciclo económico), sublinhando que este, “em vez de descer, vai crescer”. Para a Fitch, a principal explicação está nas legislativas, que reduziram a margem para mais medidas orçamentais, de âmbito restritivo.
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As três maiores agências de rating internacionais continuam, assim, a manter Portugal num nível considerado de "lixo", sendo que a Fitch é a que tem dado a notação mais alta. Se passar do actual BB+ para BBB-, Portugal regressará para o nível de investimento.
Apesar de manter a nota, a Fitch destaca que o défice orçamental deverá ficar “ligeiramente abaixo dos 3%” do PIB, indo ao encontro do que tem sido defendido pelo Governo, o que, a acontecer, permitirá ao país sair do Procedimento de Défices Excessivos.
No entanto, a Fitch é mais crítica em relação ao défice estrutural (que exclui operações extraordinárias e o impacto do ciclo económico), sublinhando que este, “em vez de descer, vai crescer”. Para a Fitch, a principal explicação está nas legislativas, que reduziram a margem para mais medidas orçamentais, de âmbito restritivo.
Sobre as eleições de 4 de Outubro, a agência de rating realça que tanto os partidos da coligação Portugal à Frente (PSD e CDS) como o PS são pró-europeus, e situam-se no centro político. Mas, apesar de afirmar não esperar “grandes alterações na política económica ou orçamental após as eleições”, o facto de os dois principais adversários políticos estarem muito próximos em termos de sondagens faz com que possa haver vários cenários após a contagem dos votos. “Há alguma incerteza acerca de quão rápido poderá um Governo ser formado, e se será coeso e estável”, assinala a Fitch. E realça que será “um desafio conseguir cumprir as metas de redução do défice e da dívida, em parte porque algumas medidas de consolidação estão em vias de ser revertidas”.