Apresentação das selecções do Mundial: Namíbia
Os Welwitschias são os últimos a entrar em cena e não vão fugir à derradeira posição no seu grupo
A 20.ª selecção a entrar em campo no Mundial 2015 vai ser, com quase toda a certeza, a que terá o pior registo quando a prova ficar concluída. Desde 1999 que a Namíbia faz sempre parte da competição, mas nunca conseguiram ganhar um único jogo durante um Mundial. Tiveram, inclusivamente, direito à mais pesada derrota até agora registada no torneio, que lhes foi infligida pela Austrália, em 2003: 142-0 num vertiginoso correr de 22 ensaios encaixados pelos Welwitschias.
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A 20.ª selecção a entrar em campo no Mundial 2015 vai ser, com quase toda a certeza, a que terá o pior registo quando a prova ficar concluída. Desde 1999 que a Namíbia faz sempre parte da competição, mas nunca conseguiram ganhar um único jogo durante um Mundial. Tiveram, inclusivamente, direito à mais pesada derrota até agora registada no torneio, que lhes foi infligida pela Austrália, em 2003: 142-0 num vertiginoso correr de 22 ensaios encaixados pelos Welwitschias.
Num grupo onde terão pela frente a Nova Zelândia, Tonga, Geórgia e Argentina, a expectativa está em ver se conseguem dar alguma luta a tonganeses e georgianos. Para isso, desde Junho que o galês Phil Davies assumiu o comando da selecção africana, depois de oito meses a prestar assistência ao treinador principal Danie Vermeulen.
Phil Davies conta no currículo com 46 internacionalizações pelo País de Gales e passou por clubes como Leeds, Scarlets, Worcester e Cardiff Blues onde desempenhou o papel de director técnico e prestador de assistência técnica.
Sob a sua liderança, a Namíbia conseguiu duas vitórias frente à Rússia no mês passado, por números dilatados: 39-19 e 45-5, o que se constituiu como uma boa maneira de motivar os jogadores, de entre os quais se destacam Jacques Burger, dos Saracens, que, com 32 anos, ainda é um asa de “meter medo”.
Ainda de referir nomes como Conrad Marais de 26 anos, ponta do Béziers, Tijuee Uanivi de 24 anos, segunda linha que actua no Brive, o “10” Theuns Kotzé de 28 anos ao serviço do Bourge en Bresse. A mais recente revelação, está no ponta esquerdo de 25 anos, Russel van Wyk que se estreou frente à Espanha e foi o "homem do jogo" no primeiro embate com os russos.
Este ano, a Namíbia foi também vencedora do 2015 Africa Cup, Division 1 A, ficando à frente de Zimbabwe, Quénia e Tunísia (esta última passou para Divisão 1B e será substituída pelo Uganda).
Será esta altura certa para ganharem um primeiro jogo num Mundial? Talvez não, mas sem dúvida que será o momento ideal para a Namíbia se mostrar um pouco mais ao Mundo.
Curiosidade:
A Federação de Râguebi da Namíbia (Namibia Rugby Union), apenas foi formada em Março de 1990, apesar dos Welwitschias, nome como é conhecida a selecção deste país africano, ter disputado o seu primeiro jogo internacional em 1955. O ano seguinte à criação da federação namibiana acabou por ser o melhor da sua história. Em 1991, a Namíbia venceu todos os jogos que disputou, tendo derrotado, entre outros, a Irlanda, a Itália e Portugal.
Jogos na Fase de Grupos
Hoje, às 20h: Nova Zelândia-Namíbia
29/09: Tonga-Namíbia, 16h45
07/10: Namíbia-Geórgia, 20h00
11/10: Argentina-Namíbia, 12h00
Convocados
Avançados: Johannes Coetzee, AJ de Klerk, Jaco Engels, Raoul Larson, Johnnie Redelinghuys, Casper Viviers, Louis van der Westhuizen, Torsten van Jaarsveld, Janco Venter, Tjiuee Uanivi, Renaldo Bothma, Jacques Burger, Wian Conradie, Leneve Damens, Tinus du Plessis, Rohan Kitshoff, PJ van Lill.
Três-quartos: Eneill Buitendag, Eugene Jantjies, Damien Stevens, Theuns Kotzè, Darryl de La Harpe, Johan Deysel, JC Greyling, Danie van Wyk, Conrad Marais, David Philander, Heinrich Smith, Russell van Wyk, Chrysander Botha, Johan Tromp.