Marinho e Pinto acusa CDU e BE de se instalarem no sistema
Numa ação de campanha na estação de caminho-de-ferro e em algumas ruas da cidade do Entroncamento, no final de um dia no distrito de Santarém, Marinho e Pinto afirmou que é altura "de haver uma grande mudança na política portuguesa, no sistema político em geral, não só nos partidos que têm estado no poder" mas também nos que têm estado na "chamada oposição".
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Numa ação de campanha na estação de caminho-de-ferro e em algumas ruas da cidade do Entroncamento, no final de um dia no distrito de Santarém, Marinho e Pinto afirmou que é altura "de haver uma grande mudança na política portuguesa, no sistema político em geral, não só nos partidos que têm estado no poder" mas também nos que têm estado na "chamada oposição".
"CDU e Bloco de Esquerda são dois partidos que se amesendaram no sistema e tratam é dos seus próprios interesses. Andam há décadas a dizer as mesmas coisas e não fazem absolutamente nada, não têm nenhum potencial de mudança, nenhuma capacidade de alterar as coisas neste país, a não ser legitimar um sistema político decadente, credibilizar um sistema politico que está putrefacto", declarou.
Instado a comentar os números do défice de 2014 agora conhecidos (7,2%), e que o primeiro-ministro considerou serem "apenas uma estatística" sem impacto na vida do dia-a-dia dos portugueses, o presidente do PDR acusou o Governo de "mentir sistematicamente", lembrando que a dívida do país "aumentou uma média de 10.000 milhões de euros por ano desde que este Governo tomou posse", passando de cerca de 158 mil milhões em 2010 para os 212 mil milhões em Julho último.
"Ele não paga com aquilo que ele ganha e gasta o dinheiro dos portugueses, enquanto os portugueses consentirem esse 'regabofe'", consentirem "esses governos de vende pátria, de esbanjamento de património nacional", afirmou.
Marinho e Pinto distribuiu folhetos do seu partido junto à estação de caminho-de-ferro do Entroncamento, entrou em lojas e cafés, recebendo algumas manifestações entusiastas, como a de Hélia Vicente que fez questão de o cumprimentar e de lhe garantir o seu voto.
"Gosto muito de o ouvir. Homem valente. Assim é que é", disse ao candidato, num discurso semelhante ao da funcionária pública que se "sente roubada" e que acredita que, se Marinho Pinto tivesse possibilidade, "fazia alguma coisa", pois "não tem medo de nada".
Marinho e Pinto teve ao seu lado o cabeça de lista do PDR pelo distrito de Santarém, o cantor Pedro Barroso, que fez questão de frisar a sua condição de homem livre, que defende os valores de Abril, e de ribatejano (a casa em Riachos já vai na quinta geração), estando à frente de uma lista de "gente que não é profissional da política, pessoas daqui".
Os outros partidos, disse Pedro Barroso à Lusa, são "um saco de gatos, uma extracção de bingo", colocando "despudoradamente" pessoas "que de repente já são ribatejanos, conforme a conveniência".
Para Marinho e Pinto não há nenhuma dúvida de que Pedro Barroso "está eleito" e que o combate em Santarém é pelo segundo deputado, Carlos Zagalo Gouveia (do Entroncamento).