Partidos mais pequenos recuperam à custa da coligação e PS

CDU conhece a maior subida, um ponto, e Bloco sobe 0,4%.

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A PaF de Passos Coelho e Paulo Portas obtém 38,9% na projecção com distribuição de indecisos, depois de no primeiro inquérito ter ultrapassado a fasquia dos 40 pontos. Também os socialistas de António Costa descem: alcançam 35,7%, menos 1,4 pontos. Assim, a diferença entre as duas principais forças concorrentes às eleições de 4 de Outubro passa dos três pontos do primeiro inquérito para 3,2%, uma décima acima da margem de erro. Uma escassa diferença que não desfaz o empate técnico.

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A PaF de Passos Coelho e Paulo Portas obtém 38,9% na projecção com distribuição de indecisos, depois de no primeiro inquérito ter ultrapassado a fasquia dos 40 pontos. Também os socialistas de António Costa descem: alcançam 35,7%, menos 1,4 pontos. Assim, a diferença entre as duas principais forças concorrentes às eleições de 4 de Outubro passa dos três pontos do primeiro inquérito para 3,2%, uma décima acima da margem de erro. Uma escassa diferença que não desfaz o empate técnico.

No entanto, com estes resultados é mais difícil o cenário de maioria absoluta reivindicado junto aos eleitores desde a pré-campanha eleitoral por Passos e Costa.

Por regiões, em Lisboa a PaF supera o PS, ao contrário do primeiro inquérito, mantendo-se o resultado nas outras áreas consideradas. Ou seja, a coligação governamental está à frente no Norte, Centro e Algarve, enquanto o PS mantém a liderança no Alentejo.

Também por faixas etárias, a PaF continua à frente nos dois primeiros escalões, dos 18 aos 34 anos e dos 35 aos 54 anos, mantendo os socialistas a liderança nos indivíduos com 55 e mais anos. Finalmente, por género, as propostas de Passos e Portas são mais bem consideradas pelos homens (35,7 face a 24,2% do PS), enquanto os socialistas mantêm a liderança entre as mulheres, 29 “versus” 22,8% da PaF.

À esquerda é numericamente possível encontrar uma explicação para a diminuição de votos nos socialistas. Existe uma correspondência entre a descida do PS e a subida da CDU e do Bloco de Esquerda. A coligação dos comunistas e de Os Verdes aumenta um ponto, a maior subida, obtendo 7,3%. E o BE sobe 0,4, passando a 4,4%. Somando os resultados de PS, CDU e Bloco seria obtida uma teórica maioria absoluta de esquerda na Assembleia da República, com 47,4%.

A preferência por outros partidos tem um incremento de 9 décimas, aumentando para 4,4%, igualando o resultado do Bloco de Esquerda. Também existe uma subida de 0,3 pontos nos nulos e brancos, que passam a somar 9,3%.

Entre as formações sem representação parlamentar, as subidas são do PCTP/MRPP (0,3) passando a 0,7%; do Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto (0,1), somando 0,2%, e da coligação do Partido Trabalhista Português e Agir (0,2), que obtêm 0,5% cada. Em contrapartida, o PAN [Pessoas, Animais e Natureza] tem uma oscilação descendente  de 0,1, passando para 0,7%.

Ficha técnica
Sondagem realizada pela Intercampus para TVI e PÚBLICO com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1005 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos).Os trabalhos de campo decorreram entre 18 e 21 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 56,4%.