Teste aos humores do eleitorado
Como vamos de votos? Vamos ficar a saber a partir de hoje.
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O PÚBLICO inicia hoje a divulgação de uma tracking poll, ou seja, a evolução diária das intenções de voto dos portugueses.
A iniciativa, que resulta de uma parceria com a TVI e a Intercampus, não deve ser encarada tanto como uma sondagem quotidiana, mas sobretudo como a tradução da forma como os eleitores avaliam o dia-a-dia dos partidos durante a campanha e como essa avaliação se reflecte na sua vontade de votar nesta ou naquela organização política. Nessa medida, o que será importante reter é o ritmo das tendências e verificar o que realmente determina eventuais oscilações para cima e para baixo, quando as há.
Vale a pena acentuar que o inquérito com que hoje abrimos esta tracking poll se inicia com os resultados de 750 entrevistas telefónicas, às quais se somam mais 250 no dia seguinte. As mil entrevistas mantêm-se até 29 de Setembro, mas todos os dias são retiradas as 250 mais antigas e somadas outras tantas mais recentes. Na data atrás referida, será publicada uma grande sondagem com simulação de voto em urna, justamente dois dias antes do encerramento da campanha, marcado para 2 de Outubro.
O que este primeiro inquérito hoje indica é que não há praticamente alterações nas grandes tendências até agora reveladas nas sondagens publicadas depois da rentrée. Um empate técnico entre os dois grandes blocos bipolarizadores, que se têm revezado ora na primeira, ora na segunda posição entre os vários estudos de opinião. Como curiosidade, registe-se que os trabalhos de campo da tracking poll da Intercampus decorreram entre 18 e 20 de Setembro, já depois do debate que Passos Coelho e António Costa protagonizaram através das antenas de TSF, Rádio Renascença e Antena 1 no dia 17 e que a maioria dos observadores considerou ter sido mais favorável ao líder da coligação PSD/CDS. Será que esse acontecimento teve influência decisiva na opinião dos inquiridos? Os próximos dias ajudarão a perceber a resposta a esta pergunta.