All Blacks resistiram ao brio argentino

Durante perto de 60 minutos a Argentina conseguiu ser superior à Nova Zelândia, mas os campeões do Mundo acabaram por ganhar

A Nova Zelândia teve que sofrer muito para entrar a vencer no Mundial 2015. Os All Blacks, que procuram em Inglaterra conquistar o primeiro título de campeão do Mundo fora do seu país, defrontaram no repleto estádio de Wembley (89,019 espectadores) uma Argentina que deixou uma excelente imagem, com um râguebi bem à imagem dos Pumas: com muito brio e combatividade. O banco de luxo neozelandês, no entanto, acabou por ser fundamental para o triunfo All Black: 26-16.

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A Nova Zelândia teve que sofrer muito para entrar a vencer no Mundial 2015. Os All Blacks, que procuram em Inglaterra conquistar o primeiro título de campeão do Mundo fora do seu país, defrontaram no repleto estádio de Wembley (89,019 espectadores) uma Argentina que deixou uma excelente imagem, com um râguebi bem à imagem dos Pumas: com muito brio e combatividade. O banco de luxo neozelandês, no entanto, acabou por ser fundamental para o triunfo All Black: 26-16.

 

Durante uma hora, muitos argentinos sonharam que ao fim de um par de ameaças, seria desta que os Pumas iam conseguir pela primeira vez bater os todo-poderosos All Blacks, mas a formação liderada por Daniel Hourcade, treinador que trabalhou em Portugal e que, em 2007, fazia parte da equipa técnica nacional que esteve no Campeonato do Mundo de França, acabou por não resistir nos últimos minutos.

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O jogo teve duas partes completamente distintas. Com a bravura que caracteriza os Pumas, os argentinos conseguiram durante uma hora controlar a Nova Zelândia, que na primeira parte apenas pontuou através de quatro penalidades de Dan Carter. Com pressão constante sobre o portador da bola e uma defesa eficaz, os sul-americanos seriam mesmo os primeiros a marcar o ensaio, pelo segunda-linha Guido Petti, e chegaram ao intervalo na frente (13-12).

 

Os neozelandeses, que nos primeiros 40 minutos viram dois dos seus jogadores mais experientes (Richie McCaw e Conrad Smith) serem temporariamente excluídos por faltas despropositadas, acabariam, porém por assumir o controlo da partida nos últimos 20 minutos.

 

Com um banco de luxo com suplentes de valor idêntico aos titulares, privilégio que mais nenhum seleccionador mundial tem, Steve Hansen refrescou a sua equipa a partir da hora de jogo e o rumo da partida mudou. Aos 57’, o formação Aaron Smith fez o primeiro ensaio dos All Blacks, que voltaram a reasumor a liderança do marcador (17-16), e 10 minutos depois, Sam Cane, acabado de entrar, acabou com a resistência argentina (25-16).

 

Apesar da derrota, os Pumas mostraram que podem em Inglaterra repetir o grande Mundial de 2007, onde terminaram em terceiro lugar. Mérito de Hourcade, que nos últimos anos soube renovar e recuperar o velho espírito da selecção argentina, abdicando para isso de algumas “vedetas”.

 

Números do Nova Zelândia-Argentina (26-16)

 

Ensaios:

Nova Zelândia – 2 (Aaron Smith, 57’; Cane, 67’)

Argentina – 1 (Petti, 21’)

 

Penalidades convertidas:

Nova Zelândia – 4

Argentina – 3

 

Posse de bola:

Nova Zelândia – 58 %

Argentina – 42 %

 

Ocupação de terreno:

Nova Zelândia – 69 %

Argentina – 31 %

 

Metros percorridos:

Nova Zelândia – 544

Argentina – 332

 

Placagens realizadas:

Nova Zelândia – 98

Argentina – 125

 

Placagens falhadas:

Nova Zelândia – 17

Argentina – 33

 

Formações ordenadas a favor:

Nova Zelândia – 5 ganhas, 0 perdidas

Argentina – 7 ganhas, 0 perdidas

 

Alinhamentos conquistados ao adversário:

Nova Zelândia – 1

Argentina – 1

 

Penalidades concedidas:

Nova Zelândia – 9

Argentina – 12