Vitória épica do Japão, Geórgia ajuda a selecção nacional

Os nipónicos protagonizaram uma das maiores surpresas de sempre em Campeonatos do Mundo ao derrotarem a África do Sul

Foto
Reuters

A melhor maneira de descrever o triunfo heróico do Japão é começando pelo fim: a 30 segundos do final, a perder por 32-29, os nipónicos tiveram a possibilidade de empatar, através de uma penalidade, mas em vez de se contentaram com o que já seria um grande feito - igualdade contra os bicampeões do Mundo -, abdicaram de chutar aos postes e somar apenas três pontos, arriscando tudo na procura do ensaio que daria vitória. A ousadia, foi recompensada e na “bola de jogo” – a partida só termina quando há uma interrupção -, Karne Hesketh marcou o mais importante ensaio da história do râguebi japonês, deixando os sul-africanos a precisar de um psicólogo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A melhor maneira de descrever o triunfo heróico do Japão é começando pelo fim: a 30 segundos do final, a perder por 32-29, os nipónicos tiveram a possibilidade de empatar, através de uma penalidade, mas em vez de se contentaram com o que já seria um grande feito - igualdade contra os bicampeões do Mundo -, abdicaram de chutar aos postes e somar apenas três pontos, arriscando tudo na procura do ensaio que daria vitória. A ousadia, foi recompensada e na “bola de jogo” – a partida só termina quando há uma interrupção -, Karne Hesketh marcou o mais importante ensaio da história do râguebi japonês, deixando os sul-africanos a precisar de um psicólogo.

A derrota dos Springboks, embora totalmente inesperada, confirma o mau momento que o râguebi sul-africano atravessa. Para o Japão, que organizará dentro de quatro anos o Mundial, este feito ajudará a desenvolver ainda mais o râguebi num país que tem realizado um enorme investimento financeiro na modalidade.

Se o Japão fez história, a Geórgia também conseguiu um feito notável, do qual a selecção portuguesa pode tirar proveito. Num Grupo C onde a Namíbia é o elo mais fraco e a Nova Zelândia e a Argentina não devem deixar escapar o apuramento para os “quartos”, georgianos e Tonga defrontaram-se numa autêntica final na luta pelo terceiro lugar no grupo, posição que garante o apuramento para o Mundial 2019. Num duelo muito físico, a Geórgia acabou por vencer, por 17-10, e, se derrotar os namibianos, deixará de ser um rival para Portugal na qualificação europeia, o que facilitará muito a vida dos Lobos na corrida pelo apuramento.

Nas restantes partidas realizadas ontem, nada de novo. Sem surpresa, no Grupo D a Irlanda bateu o Canadá (50-7), enquanto a França derrotou a Itália (32-10).