Apresentação das selecções do Mundial: França

Três vezes vice-campeã, a França continua a ser muito inconsistente, mas pode surpreender como há quatro anos

No papel, a França terá poucas hipóteses de vencer pela primeira vez um Campeonato do Mundo neste ano, mas se Marc Lièvremont conseguiu levar em 2011 um “XV de France” que chegou a ser rotulado de “ridículo” à final, tudo é possível em Inglaterra. Em teoria, os gauleses não terão problemas para conseguir o apuramento para os “quartos”, mas depois pode haver novo frente a frente com os All Blacks.

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No papel, a França terá poucas hipóteses de vencer pela primeira vez um Campeonato do Mundo neste ano, mas se Marc Lièvremont conseguiu levar em 2011 um “XV de France” que chegou a ser rotulado de “ridículo” à final, tudo é possível em Inglaterra. Em teoria, os gauleses não terão problemas para conseguir o apuramento para os “quartos”, mas depois pode haver novo frente a frente com os All Blacks.

 

Phillipe Saint-André substituiu o polémico Lièvremont depois do Mundial de 2011 e já se sabe que depois deste Mundial, seguirá para outras paragens. O seu “reinado” tem sido pautado por muitas mexidas e muita inconsistência, tendo feito 35 combinações de médio de formação e abertura desde que tomou posse da equipa. Com 15 vitórias em 37 jogos, Saint-André tem sofrido muita contestação.

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Nos convocados, de salientar a preferência de Michalak em detrimento de François Trinh-Duc, “10” do Montpellier com 50 internacionalizações e 70 pontos marcados, o que mais uma vez atesta as opções mais conservadoras do treinador.

 

As linhas atrasadas são talentosas mas muito inconsistentes, apesar de fornecidas por avançados que lhes dão muito jogo, como Louis Picamoles ou Yoann Maestri, ambos jogadores do Toulouse. Scott Spedding, defesa do Clermont, e Yoann Huget, ponta ou defesa do Toulouse, serão os elementos mais fiáveis das linhas atrasadas.

 

Nos jogos de preparação, uma derrota e uma vitória frente à Inglaterra e mais recentemente, a vitória por 19-16 frente à Escócia, não permitem grandes conclusões, mas parece óbvio que falta um plano de jogo e um fio condutor ao desempenho da equipa.

 

Curiosidade:

Ver um galo a correr num relvado onde a selecção francesa de râguebi jogue já não é novidade. A adopção deste animal como símbolo da equipa de França remonta ao ano de 1911, após a primeira vitória do XV gaulês contra a Escócia. No final da partida, Marcel Communeau, o capitão da selecção na altura, sugeriu aos companheiros de equipa o galo como mascote, por ser considerado um animal orgulhoso, combativo e agressivo.

 

Jogos na Fase de Grupos

Hoje: França-Itália, 20h00

23/09: França-Roménia, 20h00

01/10: França-Canadá, 20h00

11/10: França-Irlanda, 16h45

 

Convocados

Avançados: Uini Atonio, Eddy Ben Arous, Vincent Debaty, Nicolas Mas, Rabah Slimani, Guilhem Guirado, Benjamin Kayser, Dimitri Szarzewski, Alexandre Flanquart, Yoann Maestri, Pascal Papé, Thierry Dusautoir, Bernard Le Roux, Yannick Nyanga, Fulgence Ouedraogo, Damien Chouly, Louis Picamoles. 

Três-quartos: Rory Kockott, Morgan Parra, Sébastien Tillous-Borde, Frédéric Michalak, Rémi Talès, Mathieu Bastareaud, Alexandre Dumoulin, Gaël Fickou, Wesley Fofana, Brice Dulin, Sofiane Guitoune, Yoann Huget, Noa Nakaitaci, Scott Spedding.