Doc's Kingdom: cinco dias para reflectir sobre as fronteiras
Seminário de cinema documental instala-se este ano em Arcos de Valdevez e abre com a projecção de A Toca do Lobo, de Catarina Mourão. A entrada é livre.
Organizado desde 2000 pela Apordoc sob a égide do documentarista americano Robert Kramer (1939-1999), a cujo filme de 1988 vai buscar o nome, o seminário escolhe este ano a Casa das Artes de Arcos de Valdevez e tem o título genérico Todas as Fronteiras. A edição 2015 conta ainda com a participação das realizadoras e artistas portuguesas Salomé Lamas (Terra de Ninguém) e Filipa César (vencedora do Curtas Vila do Conde 2015 com Mined Soil), a par do israelita Eyal Sivan, do brasileiro Adirley Queirós e do franco-americano Éric Baudelaire, entre outros.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Organizado desde 2000 pela Apordoc sob a égide do documentarista americano Robert Kramer (1939-1999), a cujo filme de 1988 vai buscar o nome, o seminário escolhe este ano a Casa das Artes de Arcos de Valdevez e tem o título genérico Todas as Fronteiras. A edição 2015 conta ainda com a participação das realizadoras e artistas portuguesas Salomé Lamas (Terra de Ninguém) e Filipa César (vencedora do Curtas Vila do Conde 2015 com Mined Soil), a par do israelita Eyal Sivan, do brasileiro Adirley Queirós e do franco-americano Éric Baudelaire, entre outros.
A escolha de A Toca do Lobo – estreado no festival de Roterdão 2015 e exibido no IndieLisboa deste ano, onde venceu o Prémio do Público - para abrir o seminário prende-se com o facto de o documentário de Catarina Mourão se debruçar sobre a relação familiar com a memória do seu avô, o escritor Tomaz de Figueiredo (1902-1970), que viveu em Arcos de Valdevez, numa casa de família construída pelo seu avô materno. O que se seguirá, até dia 25 de Setembro, será, mais do que um seminário, um festival ou um evento, um itinerário de cinco dias a partir do tema das fronteiras – sociais, geográficas, políticas, artísticas – e a sua importância para a ideia do cinema documental moderno, em diálogo constante entre os realizadores convidados e os participantes no seminário, usando os filmes a serem exibidos como contribuições para esse diálogo, sem um programa fixo pré-estabelecido.
Entre os títulos escalados para esta edição destacam-se o longo documentário de quatro horas e meia realizado a meias entre Eyal Sivan e o palestiniano Michel Khleifi, Route 181 – Fragments of a Journey in Palestine-Israel, bem como Santa Teresa & Otras Historias do dominicano Nelson Carlo de los Santos Arias, inspirado no romance de Roberto Bolaño 2666, ou Jet Lag, do galego Eloy Domínguez Serén, realizadores que também participam no seminário. Serão também explorados projectos ainda em curso, como Mato Seco em Chamas, colaboração entre Adirley Queirós e a portuguesa Joana Pimenta, El Dorado, de Salomé Lamas, e The Trouble with Palms, de Filipa César.
A realização do Doc's Kingdom em Arcos de Valdevez sucede a dez edições realizadas em Serpa (entre 2000 e 2003 e 2005 e 2010) e a uma outra realizada nos Açores, no Faial e no Pico, em 2013. Esta é também a primeira edição a cargo do programador Nuno Lisboa, sucedendo a José Manuel Costa, actual director da Cinemateca Portuguesa, que dirigiu o seminário entre 2000 e 2013. As inscrições livres, com acesso a todas as sessões e debates ao longo dos cinco dias, continuam disponíveis dentro do limite de lugares pelo valor de €25. Os pormenores podem ser consultados no site www.docskingdom.org .