Costa atira-se a Passos: “Não vim de empresas de objecto social obscuro”
Líder socialista encerrou com um comício em Faro um dia que começou com um debate cara-a-cara com o seu principal oponente nas legislativas.
“Não cheguei hoje à política, nem vim de empresas de objecto social obscuro”, afirmou esta noite num comício em Faro, endurecendo o tom da campanha. O primeiro-ministro, disse o líder socialista, “traiu” os portugueses com promessas que não cumpriu, e a coligação “não tem uma única ideia nova a propor para o futuro do país”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Não cheguei hoje à política, nem vim de empresas de objecto social obscuro”, afirmou esta noite num comício em Faro, endurecendo o tom da campanha. O primeiro-ministro, disse o líder socialista, “traiu” os portugueses com promessas que não cumpriu, e a coligação “não tem uma única ideia nova a propor para o futuro do país”.
Os constrangimentos na vida dos portugueses, imputados à troika, têm no seu entender outro significado político. “A verdadeira troika está na coligação que governa no país, e só termina com a mudança de governo”, acusou, acrescentando que o actual Executivo “foi muito além da troika, impondo sacrifícios que não eram necessários”.
O relógio que Paulo Portas exibia para assinalar a contagem decrescente da saída do país do programa de assistência financeira, disse, “ chegou a zero e aquilo ficou na mesma, porque a verdadeira troika são eles — e a troika só acaba quando acabar este Governo”.
A defesa do Serviço Nacional de Saúde e da escola pública, enfatizou Costa, voltam a ser as “paixões” dos socialistas na governação.
No mesmo tom do candidato a primeiro-ministro, José Apolinário, cabeça de lista de deputados pelo Algarve, criticou a administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), dirigida pelo ex-bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, pelo seu difícil relacionamento com os profissionais de saúde. “Autismo e autoritarismo”, acusou. Sobre a falta de meios, exemplificou: “No passado fim-de-semana não houve ortopedistas.”
Outra das promessas do PS para o Algarve é a redução para metade do preço das portagens na Via do Infante. “Vou bater-me, durante o primeiro semestre de 2016, por uma redução de 50%”, enfatizou Apolinário. António Costa ignorou o assunto.