Apresentação das selecções do Mundial: Japão
Com muitos naturalizados, os asiáticos vão lutar com os Estados Unidos pela fuga ao último lugar no Grupo B
O Japão tem investido muito no râguebi nos últimos anos e, desde 2003-04, organiza um campeonato interno para o qual consegue atrair muitos jogadores de qualidade, nomeadamente do Hemisfério Sul, rivalizando a nível financeiro com os grandes captadores de talentos, como as equipas do Top 14. Porém, apesar de terem recursos financeiros abundantes, o desenvolvimento da selecção asiática tem sido pouco expressivo nos últimos anos.
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O Japão tem investido muito no râguebi nos últimos anos e, desde 2003-04, organiza um campeonato interno para o qual consegue atrair muitos jogadores de qualidade, nomeadamente do Hemisfério Sul, rivalizando a nível financeiro com os grandes captadores de talentos, como as equipas do Top 14. Porém, apesar de terem recursos financeiros abundantes, o desenvolvimento da selecção asiática tem sido pouco expressivo nos últimos anos.
No historial japonês nos Mundiais, há a destacar uma vitória em 1991, frente ao Zimbabwe (52-8), e dois empates com o Canadá, em 2007 e 2011. Este ano, apesar de fazer parte de um grupo acessível, os nipónicos vão voltar a lutar apenas pela fuga ao último lugar.
Os jogos de preparação foram, no entanto, motivadores. A equipa comandada por Eddie Jones somou suas vitórias frente ao Uruguai e conseguiu ainda bater a Geórgia.
Com uma equipa muito dinâmica, em que o jogo lento não é uma característica, os japoneses têm melhorado na mêlée, evolução à qual não será alheia a contratação do treinador francês Marc Dal Maso. Os alinhamentos, no entanto, ainda são um problema.
Os nipónicos contam com vários naturalizados, como o capitão Michael Leitch, asa de 26 anos dos Chiefs, que seja a “6” ou “8” é sempre um jogador intenso e bom transportador de jogo. Há ainda outros nomes com experiência no Super Rugby, como Hendrik Tui (Reds) e Shota Horie (talonador dos Rebels).
De salientar também a presença do ponta Kenki Fukuoka, um jovem que pode “descolar” em termos exibicionais neste Mundial, sendo já, um marcador de ensaios muito eficiente, tal como Yoshikazu Fujita, ponta de 21 anos que já marcou 25 ensaios em 26 jogos desde 2013.
Curiosidade:
O râguebi foi introduzido no Japão no final do século XIX, mas o primeiro jogo internacional apenas aconteceu em 1932, contra uma selecção canadiana. Na história da modalidade no Japão, registo para uma vitória contra uma selecção secundária da Nova Zelândia, em 1968, e uma derrota por apenas três pontos contra a Inglaterra, em 1971 (6-3). A maior proeza do râguebi nipónico aconteceu, no entanto, em 1989, quando o Japão conseguiu derrotar a Escócia, por 28-24.
Jogos na Fase de Grupos
19/09: África do Sul-Japão, 16h45
23/09: Escócia-Japão, 14h30
03/10: Samoa-Japão, 14h30
11/10: EUA-Japão, 20h00
Convocados
Avançados: Michael Leitch, Justin Ives, Shoji Ito, Keita Inagaki, Hitoshi Ono, Takeshi Kizu, Hendrik Tui, Luke Thompson, Kensuke Hatakeyama, Michael Broadhurst, Ryu Holani, Shota Horie, Shinya Makabe, Amanaki Mafi, Masataka Mikami, Hiroshi Yamashita, Hiroki Yuhara.
Três-quartos: Craig Wing, Kosei Ono, Ayumu Goromaru, Male Sau, Harumichi Tatekawa, Fumiaki Tanaka, Yu Tamura, Toshiaki Hirose, Atsushi Hiwasa, Kenki Fukuoka, Yoshikazu Fujita, Karne Hesketh, Kotaro Matsushima, Akihito Yamada.