País ganhou pouco com duelo matinal, considera Jerónimo de Sousa

Dirigente do PCP refere indertificação de posições de coligação com o PS.

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Líder do PCP não está disponível para aprovar mais impostos para suportar o Estado social, apenas para taxar o capital Enric Vives-Rubio

 

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Numa acção de campanha junto dos trabalhadores da Autoeuropa, em Palmela, Jerónimo de Sousa salientou a partilha de opções políticas entre a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP), chefiada por Passos Coelho, e o PS, encabeçado por António Costa, no debate radiofónico.

"Se pudesse fazer uma síntese, diria que afinal, aquele debate que foi transformado por muita comunicação social num duelo ao amanhecer, traduzido à letra, significa que mais uma vez se verificam as semelhanças - com aquelas contradições de quem chamou a ‘troika', quem está mais comprometido...", afirmou.

Para o secretário-geral comunista há "uma grande identificação em relação a questões de fundo, embora de forma aparentemente diferente", pois "tanto um como outro" advogam "o plafonamento, os cortes na segurança social", embora considerando "mais agressivos, PSD e CDS".

"Houve um comentador que dizia que os dois perderam, acho que não perderam, não são é capazes de se libertarem dessas semelhanças e convergências, muitas vezes não escritas", continuou, sentenciando que "o povo português é que ganhou pouco com aquele debate de certeza".