Apresentação das selecções do Mundial: Geórgia
Velhos conhecidos de Portugal, os Lelos devem discutir com Tonga o apuramento directo para o Mundial 2019
Num Grupo C onde as restantes quatro equipas (Namíbia, Argentina, Tonga e Nova Zelândia) nunca fogem ao confronto físico, a Geórgia terá um papel importante e a prestação dos Lelos pode acabar por favorecer Portugal. Com 15 dos 17 avançados a jogar em França, os georgianos podem surpreender em Inglaterra.
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Num Grupo C onde as restantes quatro equipas (Namíbia, Argentina, Tonga e Nova Zelândia) nunca fogem ao confronto físico, a Geórgia terá um papel importante e a prestação dos Lelos pode acabar por favorecer Portugal. Com 15 dos 17 avançados a jogar em França, os georgianos podem surpreender em Inglaterra.
Presença assídua na prova desde o Mundial de 2003, a Geórgia tem visto o seu estatuto internacional reforçado anos após ano e a chegada do neozelandês Milton Haig, que assumiu funções de treinador principal após 2011, tem ajudado ao crescimento do râguebi georgiano.
Haig tem sido responsável por um desenvolvimento regional de treinadores e jogadores, com grande enfoque na Academia da federação georgiana, mas a Geórgia continua a apostar na exportação dos seus jogadores para França, o que tem sido uma clara mais-valia.
A nível de Mundiais, a Geórgia deixou nas duas últimas edições uma boa imagem, tendo provocado muitos problema à Irlanda, em 2007 (14-10), e Escócia, em 2011 (15-6).
As mais-valias da equipa são as fases estáticas do jogo, nomeadamente a mêlée, aliada a uma nova fornada de jogadores capazes. Os pontos fracos continuam a ser a indisciplina e uns três-quartos que não conseguem acompanhar o nível do pack avançado.
Os nomes mais sonantes dos Lelos e que os portugueses bem conhecem dos confrontos no Torneio Europeu das Nações são Davit Zirakashvili (pilar do Clermont), Merab Sharikadze (centro do Aurillac) e o carismático Mamuka Gorgodze (terceira linha do RC Toulon). O jovem formação Vasil Lobzhanidze, de 18 anos, pode ser uma das revelações da prova.
Depois de em 2007 e 2011 ter alcançado uma vitória em cada edição da prova, a Geórgia procura em Inglaterra o terceiro lugar no Grupo C, o que garantiria aos georgianos o apuramento directo para o Mundial 2019, o que seria uma excelente notícia para a selecção nacional.
Curiosidade:
Após várias tentativas falhadas no início do século XX, o râguebi acabou por ser introduzido com sucesso nesta ex-república da União Soviética na década de 60 pelo francês Jacques Haspekian. As ligações entre o râguebi da Geórgia e França tornaram-se, desde essa altura, bastante fortes e contaram com um forte apoio do Partido Comunista Francês. Actualmente a grande maioria dos jogadores da Geórgia actuam em França.
Jogos na Fase de Grupos
20/09: Tonga-Geórgia, 12h00
25/09: Argentina-Geórgia, 16h45
02/10: Nova Zelândia-Geórgia, 20h00
07/10: Namíbia-Geórgia, 20h00
Convocados
Avançados: Mikheil Nariashvili, Kakha Asieshvili, Simon Maisuradze, Shalva Mamukashvili, Jaba Bregvadze, Davit Zirakashvili, Dudu Kubriashvili, Levan Chilachava, Giorgi Chkhaidze, Levan Datunashvili, Giorgi Nemsadze, Kote Mikautadze, Mamuka Gorgodze, Shalva Sutiashvili, Vito Kolelishvili, Giorgi Tkhilaishvili, Lasha Lomidze.
Três-quartos: Merab Kvirikashvili, Beka Tsiklauri, Giorgi Aptsiauri, Sandro Todua, Tamaz Mtchedlidze, Muraz Giorgadze, Giorgi Pruidze, Davit Katcharava, Merab Sharikadze, Lasha Malaghuradze, Lasha Khmaladze, Giorgi Begadze, Vazha Khutsishvili, Vasil Lobzhanidze.