Apresentação das selecções do Mundial: Fiji
Incluídos no “grupo da morte”, os fijianos têm poucas hipóteses de chegarem aos quartos-de-final, mas prometem dar luta e espectáculo
Com um outro sorteio mais favorável, as Fiji podiam, pela qualidade que têm, ambicionar voltar a alcançar um lugar nos quartos-de-final, o melhor que conseguiram em Mundiais anteriores, mas repetir esse feito será uma missão praticamente impossível para os fijianos. Apesar de ser uma das mais fortes selecções do Hemisfério Sul, com rivais como a Inglaterra, a Austrália e o País de Gales, os fijianos apenas podem prometer dar luta e espectáculo no Grupo A.
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Com um outro sorteio mais favorável, as Fiji podiam, pela qualidade que têm, ambicionar voltar a alcançar um lugar nos quartos-de-final, o melhor que conseguiram em Mundiais anteriores, mas repetir esse feito será uma missão praticamente impossível para os fijianos. Apesar de ser uma das mais fortes selecções do Hemisfério Sul, com rivais como a Inglaterra, a Austrália e o País de Gales, os fijianos apenas podem prometer dar luta e espectáculo no Grupo A.
Actualmente no 9.º lugar do ranking da World Rugby, Fiji apurou-se após vencer com facilidade a fase de qualificação da Oceânia e já este ano mostrou força ao vencer a Pacific Nations Cup, prova na qual participaram ainda Samoa, Tonga, Japão, Estados Unidos e Canadá.
As melhores prestações em Mundiais aconteceram em 1987 e 2007, quando conseguiram atingir os quartos-de-final da competição. Há oito anos, em França, protagonizaram um dos melhores jogos da competição, quando bateram o País de Gales, por 38-34. Conseguiram ainda ultrapassar facilmente o Canadá e o Japão, tendo apenas perdido frente aos mais fortes do grupo: 55-12 contra a Austrália.
O neozelandês John McKee comanda a equipa desde 2014, tendo no seu currículo à frente das Fiji como melhores resultados, para além da conquista da Pacific Nations Cup, a vitória sobre as Ilhas Cook, por 108-6, que garantiu o apuramento para o Mundial, e ainda a vitória frente à Itália (25-14) em Junho de 2014.
John McKee trabalhou em Clermont, foi assistente do Connacht, treinador dos Cornish Pirates, tendo sido ainda um conselheiro técnico de Tonga até chegar às Fiji. Com o despedimento de Inoke Male, foi escolhido para treinador principal dos Flying Fijians.
A equipa fijiana conta com jogadores que podem fazer a diferença: Nemani Nadolo, dos Crusaders; Vereniki Goneva, dos Leicester Tigers - o único fijiano que conseguiu marcar um hat-trick num Mundial (frente à Namíbia, em 2011); Niko Matawalu e Leo Nakarawa, que jogam nos Glasgow Warriors) e Peceli Yato, colega de equipa de Julien Bardy no Clermont. Na sempre importante função de abertura terão duas opções crediveis: Josh Matavesi (Ospreys) e Ben Volavola (Waratahs).
Os pontos fracos da equipa passam pela tradicional anarquia táctica, que os leva a atacar a partir de praticamente qualquer ponto do campo e a falta de disciplina, que conduz a uma menor pressão constante aos adversários. A ausência de Napolioni Nalaga, ponta do Clermont, por lesão, será igualmente um problema.
Com o apuramento para os “quartos” a parecer uma utopia, os fijianos já sairiam vencedores deste Mundial se conseguissem o terceiro lugar no Grupo A, posição que garantiria o apuramento directo para o Mundial 2019.
Curiosidade:
Não é tão famosa como a dança da Nova Zelândia, mas as Ilhas Fiji também têm o seu “ritual de guerra” antes do início das partidas: a Cibi. Em 1939, quando as Ilhas Fiji preparavam pela primeira vez uma digressão à Nova Zelândia, o capitão da selecção Ratu Cakobau desafiou os outros jogadores da equipa a apresentarem no início das partidas a dança tradicional do país. A equipa acabou por realizar pela primeira vez a Cibi antes de todos os jogos disputados e as Ilhas Fiji venceram todos os desafios da digressão. Foram a única selecção a conseguir tal proeza.
Jogos na fase de grupos
18/09: Inglaterra-Fiji, 20h00
23/09: Austrália-Fii, 16h45
01/10: País de Gales-Fiji, 16h45
06/10: Fiji-Uruguai, 20h00
Convocados
Avançados: Lee Roy Atalifo, Isei Colati, Campese Ma’afu, Peni Ravai, Manasa Saulo, Sunia Koto, Tuapati Talemaitoga, Viliame Veikoso, Tevita Cavubati, Leone Nakarawa, Api Ratuniyarawa, Nemia Soqeta, Masi Matadigo, Akapusi Qera, Malakai Ravulo, Netani Talei, Dom Waqaniburotu, Peceli Yato.
Três-quartos: Nemia Kenatale, Nikola Matawalu, Henry Seniloli, Lepani Botia, Gabby Lovobalavu, Josh Matavesi, Ben Volavola, Vereniki Goneva, Kini Murimurivalu, Nemani Nadolo, Waisea Nayacalevu, Metuisela Talebula, Asaeli Tikoirotuma.