RTP assina contrato de financiamento até 80M€ com quatro bancos portugueses

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No ano passado, a RTP1 não teve qualquer infracção Pedro Cunha

"Há mais de 20 anos que os principais bancos portugueses não se juntavam numa operação de financiamento à RTP", sublinhou Gonçalo Reis, depois da assinatura do contrato de financiamento.

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"Há mais de 20 anos que os principais bancos portugueses não se juntavam numa operação de financiamento à RTP", sublinhou Gonçalo Reis, depois da assinatura do contrato de financiamento.

Este contrato "dá-nos um enquadramento financeiro estável", afirmou o presidente do Conselho de Administração da RTP.

Este financiamento será feito em três tranches: 20 milhões de euros a curto prazo, 40 milhões de euros a 10 anos e 20 milhões de euros a 15 anos.

O contrato de financiamento hoje assinado com o consórcio de bancos que junta o BPI, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Montepio e o Novo Banco vai permitir "reconfigurar a estrutura da dívida actual [da RTP] que estava ancorada em linhas de curto prazo e no produto Eurogreen, que tinha risco e volatilidade", disse.

Ou seja, com este financiamento a RTP vai poder liquidar o Eurogreen, eliminando o 'swap'.

O contrato de financiamento assinado tem "condições mais favoráveis" para a RTP, com 'spreads' mais baixos, diminuindo os custos financeiros.

Para Gonçalo Reis, o novo contrato de financiamento traz mais "previsibilidade" à empresa.

"Vai melhorar as nossas condições de financiamento, dá um horizonte temporal de enorme tranquilidade para uma empresa como esta", salientou o gestor.

O presidente da RTP destacou ainda a "credibilização" da RTP junto da banca.

"Significa que o sistema bancário, os principais bancos acreditam no modelo da RTP, valorizam a gestão da RTP e estão confortáveis com a nossa estrutura de receitas e de custos", concluiu.

Em meados de Junho, Gonçalo Reis tinha afirmado que a RTP tinha uma proposta de um consórcio de quatro bancos portugueses para reconfigurar a dívida bancária da empresa em moldes mais atractivos, e que tal estava em análise pelo IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.