Passos Coelho diz que cabe à Comissão Europeia ver se Alemanha cumpre Schengen

Primeiro-ministro reafirmou que "a Europa tem um problema e os países precisam de fazer mais pelo acolhimento de refugiados, mas é preciso que isso seja feito em condições de segurança".

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Paulo Pimenta

"O acordo de Schengen prevê que, por razões de segurança e em circunstâncias excepcionais, possa temporariamente ser levantado o acordo. É preciso agora averiguar se, nas presentes circunstâncias, as regras previstas estão a ser respeitadas e compete à Comissão Europeia fazer essa avaliação", disse.

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"O acordo de Schengen prevê que, por razões de segurança e em circunstâncias excepcionais, possa temporariamente ser levantado o acordo. É preciso agora averiguar se, nas presentes circunstâncias, as regras previstas estão a ser respeitadas e compete à Comissão Europeia fazer essa avaliação", disse.

Passos Coelho reafirmou que "a Europa tem um problema e os países precisam de fazer mais pelo acolhimento de refugiados, mas é preciso que isso seja feito em condições de segurança".

"Esse não é um processo fácil quando há uma avalanche de refugiados que têm entrado para a Alemanha e para a Áustria. A Alemanha tem uma posição muito aberta para acolher refugiados, mas é natural que também por razões de segurança, seja necessário temporariamente proceder a medidas que permitam identificar as pessoas e preparar o seu acolhimento" afirmou.

Segundo Passos Coelho, "a imagem que a Europa deve dar ao mundo é a de que vai fazer o acolhimento destes refugiados, com dignidade e segurança para o espaço europeu, que procuram na Europa um espaço de segurança a fugir à Guerra".

Quanto à suspensão do acordo de Schengen pela Alemanha, voltou a insistir que cabe à Comissão Europeia avaliar:

"Cabe à Comissão Europeia verificar os termos em que a Alemanha decidiu unilateralmente suspender o acordo, mas admito que o afluxo anormalmente elevado que se está a verificar, sem qualquer controlo, nomeadamente entre a Áustria e a Alemanha possa ocasionar a necessidade de se fazer uma suspensão temporária", disse.

O primeiro-ministro considerou, contudo, que tal "só é admissível para acolher as pessoas em condições de dignidade e garantir que no meio desse fluxo não venham outros elementos que, não estando identificados, podem por em causa a segurança dos países de acolhimento e dos próprios refugiados".

Passos Coelho assumiu essa posição enquanto primeiro-ministro, suspendendo por momentos a condição de candidato em pré-campanha, quando se encontrava em Águeda de visita à Festa do Leitão.

À chegada ao recinto teve novamente protestos de professores e alguns "empurrões", enquanto os seus apoiantes retorquiam "Passos segue em frente, tens aqui a tua gente".