Criativos de todo o mundo das artes digitais reunidos em Tróia
O evento Trojan Horse Was an Unicorn vai reunir em Tróia, a partir de terça-feira, profissionais de todo o mundo da indústria de jogos, animação, 3D e cinema, num total de 900 participantes que irão ter acesso a 60 artistas e criativos mundiais.
Em entrevista à agência Lusa, o criador do projecto, André Lourenço, descreve o Trojan Horse Was an Unicorn (THU), que vai na terceira edição -- como “o melhor evento do mundo” na indústria de jogos, animação, 3D e cinema. Estão confirmadas a presença em Tróia de 900 participantes de 50 nacionalidades que irão ter acesso a 60 artistas e criativos mundiais, através de workshops, palestras ou demonstrações ao vivo.
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Em entrevista à agência Lusa, o criador do projecto, André Lourenço, descreve o Trojan Horse Was an Unicorn (THU), que vai na terceira edição -- como “o melhor evento do mundo” na indústria de jogos, animação, 3D e cinema. Estão confirmadas a presença em Tróia de 900 participantes de 50 nacionalidades que irão ter acesso a 60 artistas e criativos mundiais, através de workshops, palestras ou demonstrações ao vivo.
“É um dos mais importantes eventos do mundo de arte para a indústria de entretenimento digital”, sustentou, salientando que a relevância da iniciativa motivou um investimento de 100 mil euros, este ano, numa emissão televisiva ‘online’ -- a THU TV -- que conta com inscrições para transmissão vindas de 52 países.
O evento prevê ainda a realização de sessões de recrutamento por parte de quase duas dezenas de empresas mundiais do sector, com destaque para a Walt Disney Animation Studios e Blizzard (uma das maiores empresas de videojogos), mas onde figuram também nomes como a Juice, Riot Games, Platige, innoGames, Wogga, Method Studios ou Framestore.
Naquela que constitui a estreia da Disney em sessões de recrutamento em Portugal, André Lourenço diz não haver “números definidos” quanto ao número de profissionais a contratar, já que se trata de verdadeiras sessões de “caça talentos”: “Podem contratar uma pessoa, 10 ou nenhuma”, disse.
“Somos o evento desta indústria que esgotou mais rápido de sempre a nível mundial. Em Portugal isto não tem visibilidade, mas no mercado internacional é um dos eventos mais respeitados no sector”, afirmou o promotor do evento, cujo embaixador é o milionário de Hollywood e produtor do filme Titanic, Scott Ross.
“Só mesmo os portugueses é que não se ligam ao evento. Nem artistas, nem, incrivelmente, escolas, não tivemos nenhum contacto oficial de qualquer escola ou empresa excepto a Católica do Porto”, lamenta André Lourenço, que diz não passar dos 20% a participação nacional no THU. Isto apesar de, segundo ele, existirem no país “já muitas empresas no ramo” das artes digitais, com o Norte a crescer particularmente. “Não têm é dimensão, porque em Portugal não há indústria, o que há é muitas microempresas”, refere.
Depois de, na edição do ano passado, terem marcado presença no THU nomes como Andrew Jones (vencedor do Óscar para Efeitos Visuais com o filme Avatar e responsável pelos efeitos visuais de Titanic), Syd Mead (criador do universo de ficção de Blade Runner) e Sven Martin (responsável pelos efeitos visuais da série Game of Thrones), a organização destaca a presença na edição de 2015 do autor do filme de animação Frozen, Paul Briggs.
Para André Lourenço, o THU é um palco privilegiado não só para apresentar os maiores talentos internacionais de grandes produtoras do mundo da animação, jogos e cinema, mas também para “mostrar as potencialidades de Portugal” aos protagonistas mais importantes desta indústria.